Economia

"Tirar dos 100 mil para dar aos 100 milhões", disse Haddad ao PT. Foi aplaudido de pé

Medidas econômicas anunciadas por Haddad foram apoiadas pelo partido


"Tirar dos 100 mil para dar aos 100 milhões", disse Haddad ao PT. Foi aplaudido de pé
Fernando Haddad

"Foi o maior gol político recente de Lula", declarou Lindbergh Farias (PT-RJ), futuro líder da bancada do PT, ao comentar o pacote econômico de cortes de gastos apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Na noite de quarta-feira (27), Haddad reuniu-se com parlamentares e membros do diretório nacional do PT para detalhar as medidas de ajuste fiscal do governo Luiz Inácio Lula da Silva, prometidas desde meados de outubro e que seriam oficialmente apresentadas em rede nacional pouco depois. O encontro ocorreu na sede nacional do partido, em Brasília, e contou com grande adesão da bancada petista.

De acordo com relatos de participantes, Haddad foi aplaudido de pé pelos presentes e recebeu elogios da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, conhecida por ser uma das principais vozes críticas a iniciativas de enxugamento de gastos no governo. A informação foi divulgada pela coluna Painel da Folha de S.Paulo.

Durante a reunião, o ministro exibiu o vídeo que seria veiculado em rede nacional e apresentou um panorama detalhado das medidas. O publicitário Sidônio Palmeira, responsável pela comunicação das propostas, também esteve presente.

Segundo petistas que participaram do encontro, o momento mais marcante foi quando Haddad afirmou que o objetivo das medidas é "tirar dos 100 mil para dar para os 100 milhões". Ele referia-se às propostas de taxar os mais ricos, incluindo maior tributação no Imposto de Renda para quem ganha acima de R$ 50 mil e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5.000 por mês.

Entre as medidas anunciadas pelo governo estão: limitação no ganho real do salário mínimo; revisão das regras de concessão do abono salarial; regulamentação dos supersalários; endurecimento nas regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC); alterações nas aposentadorias dos militares; e controle do crescimento das emendas parlamentares, alinhado às regras do arcabouço fiscal.



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