O xilogravurista, poeta e cordelista pernambucano J. Borges morreu na manhã desta sexta-feira (26), aos 88 anos, em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, local aonde nasceu e viveu toda a sua vida.

De acordo com familiares, Borges estava internado há duas semanas por problemas no pulmão e coração, mas recebeu alta e morreu em casa, por volta das 6h da manhã. Ele será velado no Centro de Artesanato localizado em Bezerros. Data e horário, porém, ainda não foram definidos.

Conhecido como mestre da arte popular brasileira, frequentou a escola somente por um ano, o suficiente para aprender a ler, escrever e fazer contas. Enquanto jovem, foi carpinteiro e pedreiro até se encontrar na literatura de cordel, há 60 anos.

Sua arte está reunida em uma exposição gratuita no Museu do Pontal, no Rio de Janeiro até 25 de março de 2025. J. Borges expôs obras no Museu do Louvre, na França, além de Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba.

O que é xilogravura 

Xilogravura é uma técnica de impressão muito antiga que consiste numa gravura na qual se utiliza uma madeira como matriz, possibilitando a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. Esse processo é muito parecido com o carimbo.

Na xilogravura, a madeira é entalhada com a ajuda de um instrumento cortante, formando a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Em seguida, com um rolo de borracha embebido com tinta, toca-se apenas as partes elevadas do entalhe.

A xilogravura é conhecida desde o século VI e se afirmou no ocidente durante a Idade Média. No século XVIII duas inovações revolucionaram a xilogravura, a chegada à Europa das gravuras japonesas coloridas, que tiveram grande influência sobre as artes do século XIX, e a técnica da gravura de topo criada por Thomas Bewick.

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