Cultura

Vídeos: Caprichoso e Garantido reacendem rivalidade no coração da Amazônia

Criado em 1965 como uma modesta iniciativa para arrecadar recursos para a construção da catedral local, o Festival Folclórico de Parintins rapidamente se transformou em um gigante cultural


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Caprichoso e Garantido reacendem rivalidade no coração da Amazônia

Começou ontem e segue até amanhã, o 58º Festival Folclórico de Parintins, no coração do Amazonas. Durante três noites, a ilha banhada pelo Rio Amazonas se transforma em palco de um dos maiores espetáculos culturais do país, onde o boi-bumbá deixa de ser apenas tradição e vira paixão, disputa e identidade. É o momento em que Parintins se divide entre o azul do Caprichoso e o vermelho do Garantido — e cada cor pinta não só corações, mas também faixas de pedestres, placas de trânsito e fachadas de casas.

Distante cerca de 370 km de Manaus e acessível apenas por barco ou avião, Parintins se enche de visitantes — a expectativa é de que cerca de 120 mil pessoas acompanhem o festival neste fim de semana.

Neste ano, o boi Caprichoso leva à arena o tema “É tempo de retomada”, em que exalta a ancestralidade amazônica e a resistência de povos indígenas, negros e nordestinos. O objetivo: buscar um inédito tetracampeonato com apresentações que exaltam a força da floresta e das culturas originárias da Amazônia.

Do outro lado, o boi Garantido se apresenta com o tema “Boi do povo, boi do povão”, reforçando seu apelo popular e a origem comunitária da festa. Em busca do 33º título, o boi vermelho estrutura sua narrativa nos subtemas “Somos os povos da floresta”, “Terra Brasileira” e “Boi do Brasil”.

As apresentações acontecem no icônico Bumbódromo — arena em formato de cabeça de boi construída especialmente para o festival. Lá, Caprichoso e Garantido se revezam nas noites em performances que mesclam música, dança, alegorias gigantes e rituais.

Criado em 1965 como uma modesta iniciativa para arrecadar recursos para a construção da catedral local, o Festival Folclórico de Parintins rapidamente se transformou em um gigante cultural. Desde a entrada oficial dos bois no ano seguinte, tornou-se uma das maiores celebrações a céu aberto da América Latina — um espetáculo de arte, fé e tradição amazônica.

Veja imagens do Festival: 







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