Segurança Pública

Estudante do CPI: estilhaços da bala atingiram boca, pulmões e mandíbula

A mãe, Kleytiana Campelo, confia na recuperação do filho


TV Meio Estudante do CPI: estilhaços da bala atingiram boca, pulmões e mandíbula
Kleytiana Campelo e seu filho sendo levado pelo SAMU

A delegada Daniela Dinalli, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), informou em coletiva nesta quinta-feira (5) que o adolescente baleado dentro de uma escola particular em Teresina está em estado grave. O disparo, realizado pela ex-namorada, entrou pela boca e o projétil encontra-se alojado na coluna cervical, colocando o jovem em risco de ficar paraplégico.

De acordo com a delegada, o crime foi planejado e motivado por ciúmes. A jovem, de 17 anos, não aceitou o término do relacionamento de pouco mais de um mês e ameaçou o ex-namorado antes de cometer o ato. Ela utilizou uma pistola de 9 milímetros, que teria sido retirada de forma clandestina do pai, policial do 9º Batalhão da Polícia Militar do Piauí. “Ela apontou a arma para a boca da vítima e disparou. A bala percorreu até a coluna cervical”, relatou a delegada.

Estado de saúde da vítima

O adolescente, de 16 anos, está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Segundo familiares, ele precisa estabilizar os sinais vitais e normalizar a temperatura corporal antes de passar por uma cirurgia para a retirada do projétil. Estilhaços da bala atingiram também a boca e os pulmões, causando ferimentos que necessitam de intervenções adicionais, incluindo uma sutura na língua e possíveis reparações na mandíbula.

A mãe do adolescente, Kleytiana Campelo, emocionada, afirmou confiar na recuperação do filho. “Deus está usando as mãos dos médicos para tirá-lo dessa situação. Para a medicina, o quadro é gravíssimo, mas creio em uma cirurgia perfeita”, disse. Ela também declarou perdoar a autora do crime e fez um apelo aos pais sobre o acompanhamento emocional de seus filhos.

Investigação do caso

A adolescente responsável pelo disparo está internada no Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP), onde menores são encaminhados. A delegada Dinalli relatou que a jovem está abalada psicologicamente e optou pelo silêncio durante o depoimento. Ela já fazia acompanhamento psicológico antes do incidente.

“A materialidade e autoria do crime foram constatadas. O inquérito segue apurando todos os detalhes, mas é claro que o ato foi premeditado”, afirmou Dinalli. Familiares da vítima também foram ouvidos pela polícia nesta manhã.

Alerta aos pais

O caso gerou comoção em Teresina e abriu um debate sobre a saúde emocional dos jovens. A mãe da vítima destacou a influência das redes sociais e o isolamento provocado pela pandemia como fatores que afetam o equilíbrio mental dos adolescentes. “Eles dependem emocionalmente uns dos outros, quando deveriam encontrar força em Deus e no apoio das famílias”, alertou Kleytiana.

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