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Floriano: Professora relata como foi o tiroteio em show no Piauí: “Um filme de terror”

O caso ainda está sendo investigado pela Polícia Civil

Foto: DivulgaçãoA professora Shauanda Fontes em foto feita pouco antes de tiroteio em show
A professora Shauanda Fontes em foto feita pouco antes de tiroteio em show

DCM - A professora de administração Shauanda Fontes, de 29 anos, estava no show de Nattanzinho e Xand Avião em Floriano, no Piauí, onde disparos de armas de fogo deixaram uma pessoa morta e nove feridas, na madrugada de sábado (12). “Um filme de terror”, disse ela, ao jornal O Globo.

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O caso ainda está sendo investigado pela Polícia Civil e as circunstâncias do episódio não foram totalmente esclarecidas até agora, mas Shauanda relatou o que lembra: “Estava com meu marido e primas próxima de onde foram feitos os disparos. Chegamos a ver a fumaça dos tiros no ar”, disse ela, que estava com a família no setor do evento em que os tiros foram efetuados, um lugar com vista privilegiada do palco do Comércio Esporte Clube.

Ela ainda contou que entrou em desespero porque o marido tem dificuldades de locomoção, causadas por uma deficiência. “Ele foi com muletas no show. No momento, estava sentado em uma cadeira e não tinha como se proteger”, lamentou a professora, que foi ajudada por familiares após eles rasgarem panos que dividiam os setores do show e entrarem em uma área de camarotes.

“Foi o caos, muito desespero. Vi gente desmaiada. O que todo mundo queria era se salvar. A sensação que eu tive foi a de que estava dentro de um filme de terror e a única coisa que eu queria era sobreviver”, pontuou Shauanda, que, ao escutar uma nova série de disparos, deitou no chão com o marido, na área dos banheiros químicos. Segundo ela, os tiros terminaram e eles escutaram os gritos de uma mulher, alertando para a morte de uma pessoa.

De acordo com a professora, o evento não contava com detector de metais e não foi realizada uma inspeção em quem entrava no local: “Pediram apenas para abrirmos a tampa dos copos que levávamos, para ver se não estávamos entrando com bebida. Mais à frente, pediram para eu abrir a bolsa. Não sei informar se foi feito diferente com outras pessoas, mas com quem falei disse que também não foi inspecionado”, completou.

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