Jesus Rodrigues

Vamos separar bem as coisas

  • segunda-feira, 25 de maio de 2020

Foto: Esquerda On lineMilitares

Preciso iniciar esse texto falando que sou civil e que não tenho nada contra militares, até porque sou filho de um militar, não do exército mas da gloriosa Polícia Militar do Piauí.

Para separar bem as coisas, na minha condição de civil, há muito tempo deixei de tratar o golpe de 64 como revolução e sempre que surge o debate sobre a volta dos militares ao governo eu sou enfático em defender que ditadura nunca mais.

Nesses debates, que se tornaram inexplicavelmente frequentes, fazia as ressalvas de que não tinha nada contra militares no poder, nada contra militares ocupando todas as cadeiras do Congresso Nacional e todos os ministérios da esplanada, mas pelo voto. 

A bancada militar na Câmara, segundo o DIAP - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar - cresceu 220%, mas passou apenas de 10 para 22 no meio de 513. Já na esplanada, cada vez mais os militares ocupam espaço. Nada contra, mas…

É necessário separar bem as coisas, ou seja, general de pijama e generais de terno e gravata na esplanada não podem receber cobertura de generais fardados com as armas na mão. Isso pode ter consequências imprevisíveis. 

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