Jesus Rodrigues

Os Planos para o Autogolpe - parte 2

  • terça-feira, 16 de junho de 2020

Foto: DCMEle dará um golpe?
Ele dará um golpe?


Como falei em texto anterior, aqui,  a equivocada interpretação do artigo 142 da Constituição Federal é a base considerada jurídica do autogolpe organizado pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores mais próximos. 

Ainda do texto anterior, a cereja do bolo neste artigo 142 é a convocação das Forças Armadas pela autoridade suprema, para manter a lei e a ordem diante do caos que ele mesmo está criando, conforme demonstro a seguir.

Atos violentos contra o estado democrático de direito e a própria Constituição, pedindo intervenção militar, fechamento do STF e do Congresso, vem sendo organizados por dentro do Palácio do Planalto, via gabinete do ódio; por fora, em dez a doze gabinetes bolsonaristas na Câmara, conforme diz o próprio Presidente, não querer saber da Polícia Federal na cola desses.

Agressões e ameaças ao Poder Judiciário de que as Forças Armadas não acatarão julgamentos políticos, justo quando o filho 03, Dep Federal Eduardo Bolsonaro, já profetizava em setembro de 2018, mandando recados para o futuro, sabendo das ilegalidades que haviam sido cometidas durante a campanha, de que bastaria um cabo e um soldado para fechar o STF - Supremo Tribunal Federal. 

No caso em epígrafe, seria o TSE - Tribunal Superior Eleitoral, mas fica a dúvida se pra lá também bastaria outro cabo e outro soldado.

Como se não bastasse, estamos vivendo imensas dificuldades na saúde por conta da pandemia, mas o presidente, que poderá responder pelo crime de genocídio, trabalha contra as orientações da ciência, que eram aqui encaminhadas por dois ministros, os quais foram demitidos, mas agora com um general ministro interino e obediente, esconde os números da tragédia.

Outro desastre em curso é a situação da economia com o crescimento do desemprego, da extrema pobreza, o recuo do PIB - Produto Interno Bruto superior a 7% e o déficit público beirando os R$ 600 bilhões (neste ponto a solução que proponho é fazer acordo com os credores).

Portanto, criar o caos social, político, econômico e institucional, para convocar as Forças Armadas conforme o Art 142 é um absurdo que só cabe na cabeça do Presidente Bolsonaro e de sua base.

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