O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (5) da inauguração da nova fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul. O empreendimento, considerado o maior projeto industrial do setor de papel e celulose no mundo, marca um momento histórico para a região e reforça a posição do Brasil como líder global em produção de celulose.

Com investimento estimado em R$ 15 bilhões, a nova unidade tem capacidade de produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano. Este volume representa um aumento significativo na produção da Suzano, que já é uma das maiores empresas do setor. A planta foi projetada para operar com alta eficiência e compromisso ambiental, utilizando tecnologia de ponta para reduzir emissões de carbono e promover o uso sustentável dos recursos naturais.

Durante a cerimônia de inauguração, o presidente Lula destacou a importância do empreendimento para o desenvolvimento regional e nacional. “Este é um exemplo de como o Brasil pode crescer de forma sustentável, gerando empregos de qualidade e respeitando o meio ambiente. Essa fábrica não apenas coloca Ribas do Rio Pardo no mapa mundial da indústria de celulose, mas também mostra que o Brasil pode ser uma potência econômica e ambiental ao mesmo tempo”, afirmou o presidente. 

Lula também ironizou o mercado financeiro em seu discurso: "Vamos entregar de novo uma economia crescendo, povo consumindo e o mercado reclamando", disse Lula no evento. “Ontem saiu uma pesquisa dizendo que 90% do mercado, daqueles que compõem a Faria Lima, são contra o meu governo. Eu já ganhei 10% porque, nas eleições, eles eram 100% contra”, ironizou o presidente sobre recente levantamento Genial/Quaest. Uma pesquisa da Genial/Quaest, divulgada na quarta-feira (4), revelou um aumento na reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mercado financeiro. E sobre setores da imprensa que atribuem os bons indicadores econômicos do país à sorte, em vez de reconhecerem as ações do governo, Lula afirmou:  “Para nossa sorte, a economia brasileira poderá chegar a 3,5%”, ironizou o presidente, referindo-se ao crescimento projetado para este ano. Ele disse ainda que "se tomar cuidado, pode chegar a 4%".

A inauguração fa fabrica da Suzano contou também com a presença de diversas autoridades, entre elas o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e o presidente da empresa, Walter Schalka. Em seu discurso, Schalka ressaltou o impacto positivo do projeto para a comunidade local. “Além de impulsionar a economia da região, este empreendimento gerou milhares de empregos durante a fase de construção e segue criando oportunidades para os moradores. Estamos comprometidos em continuar investindo no desenvolvimento sustentável e social da região”, disse.

Impactos econômicos e sociais

A fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo gerou cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos durante a fase de construção e deverá manter aproximadamente 3 mil vagas permanentes em sua operação. Além disso, o empreendimento promete alavancar o comércio e os serviços na região, com previsão de um aumento significativo na arrecadação tributária local.

O projeto também inclui iniciativas voltadas para a responsabilidade socioambiental. Entre elas estão programas de capacitação profissional para a população local, parcerias com pequenos produtores rurais e a adoção de práticas de manejo florestal sustentável. Além disso, a fábrica é equipada com sistemas que permitem a reutilização de água e a redução de emissões de gases de efeito estufa.

Um marco para o setor

Com a inauguração desta nova unidade, a Suzano reforça seu papel de destaque no mercado global de celulose. O empreendimento também consolida o Brasil como um dos principais exportadores mundiais do produto, atendendo à demanda crescente por papel e embalagens sustentáveis.

Ribas do Rio Pardo, uma cidade com pouco mais de 25 mil habitantes, vive um momento de transformação econômica e social impulsionado por esse projeto. Para os moradores, a fábrica representa uma oportunidade de crescimento e melhoria na qualidade de vida.

“Hoje, celebramos não apenas uma conquista industrial, mas também um compromisso com o futuro do Brasil”, concluiu o presidente Lula durante a solenidade. A nova unidade é um símbolo da capacidade do país de unir desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental, apontando para um futuro mais próspero e sustentável.

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