PF afasta três assessores ligados à vereadora Tatiana Medeiros da Câmara Municipal
Eles estão proibidos de entrar na Câmara Municipal de Teresina ou manter contato com outros servidores do local.

A Polícia Federal cumpriu, nesta segunda-feira (14), três mandados judiciais em Teresina como parte da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral. Os alvos são servidores ligados à vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa no início de abril sob suspeita de envolvimento com uma facção criminosa.
Os investigados ocupavam cargos de Assessor Especial da Presidência da Câmara Municipal de Teresina e de assessores parlamentares. Eles foram afastados de suas funções e estão proibidos de entrar na sede do Legislativo municipal, além de não poderem manter contato com outros servidores.
De acordo com a PF, há indícios de que essas pessoas estavam diretamente envolvidas com a campanha eleitoral de Tatiana Medeiros para 2024, que teria sido financiada com recursos provenientes da facção criminosa Bonde dos 40 e de verbas desviadas da ONG Vamos Juntos, fundada pela própria vereadora.
Prisão de Tatiana Medeiros
Tatiana foi presa no último dia 3 de abril, durante uma ação que também resultou na detenção de outra pessoa, no cumprimento de mandados de busca e apreensão e no afastamento de servidores da Câmara Municipal, da Assembleia Legislativa do Piauí e da Secretaria de Estado da Saúde.
A Secretaria de Saúde do Piauí, em nota, informou que não é alvo da operação, mas confirmou que um servidor da pasta foi citado nas investigações e está colaborando com a Justiça.
A Justiça Eleitoral determinou a suspensão das atividades da ONG Vamos Juntos, que está impedida de receber novos repasses financeiros. Os servidores afastados seguem proibidos de retornar aos locais de trabalho ou manter contato com seus colegas.
Ligações com o crime organizado
As investigações da Polícia Federal tiveram início após as eleições municipais de 2024. Segundo os agentes, há provas de que Tatiana Medeiros mantinha vínculos com grupo criminoso com atuação conhecida no Piauí e no Maranhão. A facção teria financiado parte da campanha da vereadora.
Na primeira fase da operação, realizada em dezembro de 2024, a PF apreendeu R$ 100 mil em espécie na sede da ONG ligada à parlamentar.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Tatiana Medeiros e com a direção da ONG Vamos Juntos, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.
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