65% dos brasileiros apoiam fim da escala 6×1
Com destaque para mais tempo à família, saúde e capacitação profissional

Quase dois terços dos brasileiros são favoráveis ao fim da jornada de trabalho 6×1 (seis dias de trabalho seguidos de um de descanso), de acordo com uma pesquisa da Nexus Pesquisa e Inteligência. O levantamento revelou que 65% dos entrevistados apoiam a eliminação dessa escala, enquanto 27% se opõem, 5% são neutros e 3% não souberam opinar.
O apoio é um pouco maior entre aqueles que estão no mercado de trabalho, seja formal ou informal, atingindo 66%. A aprovação sobe para 73% entre desempregados e para 76% entre jovens de 16 a 24 anos.
Entre aposentados, pensionistas, estudantes e donas de casa, 61% se mostram a favor da mudança. Em termos de gênero e renda, as mulheres (68%) e aqueles que ganham até um salário mínimo (70%) são os grupos que mais defendem a redução na carga de trabalho.
A pesquisa também aponta que 65% dos participantes acreditam que a redução da jornada de trabalho levaria a uma maior qualidade de vida para a população, enquanto 16% acham que isso traria prejuízos, 15% dizem que não faria diferença e 4% não souberam opinar.
Além disso, há quem argumente que o fim do modelo 6×1 poderia aumentar a produtividade, impulsionar o desenvolvimento social e econômico do país, e até melhorar a lucratividade das empresas.
A proposta de acabar com a jornada 6×1 ganhou força após a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentar um projeto de lei sobre o tema em fevereiro. A proposta está aguardando despacho da Câmara dos Deputados para iniciar a tramitação.
Caso seja aprovada, 47% dos brasileiros afirmam que dedicariam mais tempo à família. Essa foi a motivação mais citada em todos os grupos analisados pela pesquisa, independentemente de sexo, renda, escolaridade, região, idade e religião.
Outras respostas frequentes incluem: cuidar da saúde (25%), buscar uma fonte de renda extra (22%) e investir em cursos ou capacitação profissional (17%). A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 15 de janeiro, com 2.000 pessoas, e tem um grau de confiança de 95%.
Deixe sua opinião: