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TSE condena Nikolas, Zambelli e filhos de Bolsonaro por fake news contra Lula

Os parlamentares ainda podem apresentar recurso ao TSE e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Foto: ReproduçãoOs deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG
Os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou nesta quinta-feira (11) os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pelo compartilhamento de um vídeo com fake news sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do ano passado.

Nikolas gravou um vídeo acusando Lula de incentivo ao uso de drogas por crianças e adolescentes, o associando à criminalidade e censura de redes sociais. O conteúdo foi compartilhado pelos demais parlamentares.

Após a repercussão, a coligação de Lula entrou com uma representação no TSE e conseguiu retirar o vídeo do ar em decisão liminar, depois referendada pelo plenário.

O relator do caso, ministro Raúl Araújo, no entanto, encerrou a ação sem julgar o mérito e não impôs a aplicação de multa aos parlamentares.

Para Araújo, após encerrado do período eleitoral, não deveria haver interesse processual na apreciação de representação “cujo objetivo seja a remoção de conteúdo da internet tido por irregular veiculado durante campanha”.

A coligação de Lula recorreu da decisão e o recurso foi analisado nesta quinta-feira (11). Por maioria, os ministros decidiram que o conteúdo do vídeo extrapola os limites legais e condenaram os parlamentares à sanção de multa. O valor ainda será determinado pelo relator do acórdão, ministro Sérgio Banhos, que divergiu de Araújo.

Alexandre de Moraes, Carmen Lúcia, Benedito Gonçalves e Carlos Horbach acompanharam a divergência de Sérgio Banhos. Já Araújo votou para negar o recurso e manter a sua decisão que extinguiu a ação sem análise de mérito.

Os parlamentares ainda podem apresentar recurso ao TSE e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Com informações do DCM 

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