Justiça

Alexandre de Moraes autoriza prisão domiciliar para Fernando Collor

Collor foi preso em 25 de abril, em Maceió, por determinação do ministro do STF


Reprodução Alexandre de Moraes autoriza prisão domiciliar para Fernando Collor
Fernando Collor

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (1º), a transferência do ex-presidente Fernando Collor de Mello para prisão domiciliar. A medida, de caráter humanitário, foi concedida após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), que levou em conta a idade avançada e o estado de saúde do ex-mandatário.

A decisão de Moraes estabelece uma série de condições: Collor deverá usar tornozeleira eletrônica, está proibido de deixar o país e teve seu passaporte suspenso. Ele também está impedido de receber visitas, exceto de advogados ou pessoas previamente autorizadas pelo STF. O ministro alertou que qualquer violação das medidas resultará no retorno ao regime fechado.

A manifestação da PGR, assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, rejeitou o pedido da defesa para o reconhecimento da prescrição da pena, mas respaldou a prisão domiciliar por razões humanitárias. “A manifestação é pelo indeferimento do pedido de reconhecimento de prescrição da pretensão punitiva estatal e pelo deferimento, em caráter humanitário, do pedido de prisão domiciliar”, escreveu Gonet.

Collor foi condenado em 2023 a oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a denúncia, ele teria recebido cerca de R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014, em contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A pena começou a ser cumprida no início de abril deste ano, na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL), onde estava detido em cela individual, separado dos demais presos. A unidade abriga 1.324 internos, embora tenha capacidade para 892.

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