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Privatização da CEPISA retarda o Programa Luz para Todos

O programa que de 2004 a 2008 levou energia elétrica para 149.600 novos consumidores, somente no Piauí, caminha a passos lentos. Com a privatização do Cepisa, a Equatorial Energia assumiu a gestão do Luz para Todos em outubro do ano passado, com a expectativa de investir R$ 88 milhões.

Na 2ª etapa, assinada em 2014, foram previstos 11.254 novos domicílios rurais com energia, mas até abril de 2017 só 4.558 ligações haviam sido efetivadas. Com a revisão do Plano de Universalização Rural da Cepisa, a nova meta, aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o número saltou para 25.160 ligações até 2022.

Nesta semana, o deputado estadual Francisco Limma (PT), líder do Governo na Assembleia Legislativa do Piauí, apresentou um pedido de informações à Cepisa/Equatorial Energia sobre o andamento do Programa nos municípios do interior do Estado. “A Cepisa/Equatorial não tem dado celeridade aos programas. Defendiam que a privatização iria acelerar o atendimento, mas, na verdade, está retardando. O serviço está pior. O que as famílias querem é uma melhoria na qualidade do fornecimento, atendimento e preço”, observa.

Foto: GoogleFrancisco Limma
Francisco Limma

O deputado citou o exemplo de São João do Arraial, onde 48 famílias estão com o projeto instalado, mas a Cepisa/Equatorial não autorizou a ligação da rede. Segundo Limma, a mesma situação se repete em outros municípios. “A rede de energia está pronta há quase um ano, o que gerou muita expectativa entre os moradores. No entanto, a Cepisa não fez as ligações, enquanto isso as pessoas estão lá esperando há anos pela energia. Isso não pode acontecer, precisamos acompanhar e fiscalizar o andamento dos serviços”, concluiu.

O diretor da empresa, Nonato Castro, disse recentemente que a meta é universalizar o programa no Piauí. E anunciou investimentos para Teresina, como a subestação no bairro Esplanada, que deve iniciar em julho e beneficiará diretamente 85 mil famílias da zona Sul além do pólo industrial. A obra vai custar 10 milhões de reais. Outra subestação será construída no bairro Ininga com recursos na ordem de 21 milhões de reais.

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