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Preso suspeito de mandar matar jovens que cavaram as próprias covas

Adolescentes de 15 anos e 17 anos foram torturadas e mortas por “tribunal do crime”

Foto: DivulgaçãoMrtas

oimparcial - Uma ação da Polícia Civil do Maranhão realizada na tarde dessa segunda-feira (11), no bairro Cantinho do Céu, em São Luís, levou à prisão de um integrante de facção criminosa foragido desde novembro de 2020. Ele é suspeito de ser um dos mandantes dos homicídios de duas mulheres que teriam sido obrigadas a cavar as próprias covas, na cidade de Timon.

Johnny Willer Rodrigues de Souza, apontado como líder da organização criminosa no Maranhão, conseguiu fugir dos agentes que faziam a sua escolta no Hospital Socorrão II, quando foi levado para uma consulta médica.

Segundo o Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO/SEIC), ele já é condenado pelos crimes de tráfico de drogas e roubo, crimes pelos quais cumpria pena anteriormente.

Crime bárbaro em dobro

As adolescentes Joyce Ellen, de 15 anos, e Maria Eduarda, de 17, foram torturadas, mortas e enterradas em covas rasas, após serem condenadas numa espécie de “tribunal do crime” realizado por organização criminosa em março deste ano.

O delegado Antônio Valente, da Delegacia de Homicídios de Timon, informou que nenhuma das duas vítimas eram ligadas à facções. “Uma delas morava em região considerada da organização rival, e postava fotos fazendo menções em tons de brincadeira. Já a segunda vítima morava numa região considerada da facção que a matou, e fazia fotos com o símbolo da mesma, o que teria motivado a execução”, explicou.

Foi confirmando que uma das jovens pediu para morrer a tiros, ou que fosse enterrada viva, para deixar de ser agredida. Os laudos cadavéricos apontaram meios cruéis, com golpes de faca, taco, pá e picareta. Uma delas foi, de fato, enterrada ainda com vida.

Segundo o Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO/SEIC), Johnny Willer já é condenado pelos crimes de tráfico de drogas e roubo, pelos quais cumpria pena antes da fuga.

A prisão foi realizada por investigadores do DCCO com apoio da Seccional Oeste e da Delegacia de Roubo e Furtos (DRF). Após as formalidades de praxe, o preso foi encaminhado ao sistema penitenciário.

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