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Polícia diz que combate as drogas, mas matar preto é o que ela faz bem

Mais um preto, agora Caio Gabriel, foi morto pela polícia do Rio de Janeiro

Foto: TwitterCamisa de Caio usava quando foi morto
Camisa que Caio usava quando foi morto
 

Mais um preto foi morto pela polícia do Rio de Janeiro.

Trata-se do jovem Caio Gabriel de 20 anos.

A família dele afirma que ele era um trabalhador.

E que foi morto com tiros disparados contra suas costas.

Ele não possuía antecedentes criminais.

A polícia diz que fazia operação contra o tráfico.

Que Caio estava próximo a bandidos de alta periculosidade.

Desde os anos 70 a polícia brasileira, em especial a carioca, tem se dedicado ao combate ao tráfico de entorpecentes. É o que ficou conhecido como GUERRA ÀS DROGAS.

Mas o que essa Guerra tem mostrado é como a polícia do Brasil é incompetente. E é, por quê?

Porque dos anos 70 para cá, com policiais, com tropas especializadas, com armamento pesado, com caveirão, com intervenção do exército, além da morte de milhares de inocentes, a única coisa que aconteceu foi o crescimento do tráfico de drogas (que são consumidas pelos brancos dos bairros nobres das cidades). Os traficantes não são competentes. A política de combate às drogas no Brasil é que é burra, ineficaz, que só produz tragédias e empurra ladeira abaixo o conceito da polícia.

Caio Gabriel não foi a primeira pessoa a morrer nos ditos confrontos.

Pelo andar da política de segurança pública do governo Bolsonaro, não será a última.

Mas Caio Gabriel era um pobre, preto, de família humilde. E este tipo de cidadão no Brasil tem pouco valor. Elza Soares já cantou: “A carne mais barata do mercado/É a carne negra/ Tá ligado que não é fácil, né, mano?”

Ontem (16), enquanto a família velava o corpo de Caio Gabriel, o Pensar Piauí discutia o racismo no Brasil.

Veja a entrevista:

"Lugar de fala" não pode ser propriedade de cor

Veja a matéria sobre a morte de Caio da RJ/TV:

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