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“Havia ordem de matar os baianos”, diz trabalhador resgatado no RS

Trabalhadores baianos eram desprezados e que “capangas” tinham carta branca para matá-los

Foto: ReproduçãoTrabalhadores ficaram em ginásio de Bento Gonçalves
Trabalhadores ficaram em ginásio de Bento Gonçalves

Um dos funcionários resgatados na operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) com a Polícia Federal (PF) contra trabalho escravo na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, contou que trabalhadores baianos eram desprezados e que “capangas” tinham carta branca para matá-los.

“Havia ordem de matar os trabalhadores baianos”, disse um dos resgatados na operação. A Fênix Prestação de Serviços, empresa que fornecia mão de obra terceirizada para vinícolas da região, como Aurora, Salton e Cooperativa Garibaldi, é o principal alvo da investigação do MPT na operação. Mais de 200 trabalhadores foram resgatados em condições desumanas em alojamentos da empresa. Com informações do Globo.

A rotina era de abusos, precariedade e violência. Outro trabalhador resgatado contou que, na véspera de uma fuga, foi trancado no quarto por quatro capangas e afirmou que viu seus amigos serem espancados apenas por serem baianos.

“Fui espancado com spray de pimenta, gravata no pescoço, pancadas com cabo de vassoura e mordida no ombro esquerdo. Depois, dois colegas chegaram e também foram espancados. Havia ordem de matar os trabalhadores baianos”, disse.

“Presenciei também o espancamento de um colega pelos motoristas e por mais um segurança. Todos andavam armados o tempo todo”, contou outro trabalhador, de 22 anos. Ele e um colega foram levados a uma sala e “agredidos com uma cadeira de ferro na cabeça e socos na cabeça e nos braços. Durante as agressões, fomos ameaçados de morte.”

Com informações do Dcm

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