Dinheiro no Paraíso

Já venho falando há algum tempo que para mitigar os efeitos da pandemia sobre a economia, o remédio chama-se crédito. No texto anterior fiquei de demonstrar que o dinheiro existe, então vejamos.
Só para fazermos uma referência de valor, ou montante, a projeção do governo brasileiro para 2020 era um déficit de aproximadamente R$120 bilhões. Com a pandemia o próprio ministro anuncia que serão R$600 bilhões, portanto $480 bilhões só pela mitigar os efeitos da pandemia.
O presidente Trump conseguiu aprovar no congresso americano uma ajuda à economia no valor de U$2 trilhões; o parlamento europeu também aprovou €$2 trilhões e a Alemanha sozinha foi autorizada pelo parlamento a investir contra os efeitos da pandemia €$1,1 trilhão, mesmo valor do Japão. Podemos somar mais alguns trilhões em apoio financeiro pelo mundo a fora.
Pois bem, dados publicados em diversos jornais dão conta de que o dinheiro nos paraísos fiscais chega a cifra de aproximadamente U$32 trilhões. Destes, U$ 1,0 trilhão pertence a brasileiros. É bom lembrar que os valores em paraísos fiscais normalmente são de origem duvidosas, tipo sonegação fiscal ou mesmo de corrupção.
Portanto, se apenas nos paraísos fiscais temos U$32 trilhões, significa dizer que no sistema financeiro regular há suficiente para emprestar a juros próximo de zero e manter a economia mundial “em compasso de espera” pelo tempo que a ciência recomendar.
Agora vem a pergunta que não quer calar: e se os banqueiros não quiserem emprestar com esse jurinho? Como podemos acessar esses valores ?
Bem, essa resposta fica para um outro texto.
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