Pensar Piauí

Condenado a 300 anos, Marcola passou o 25º Natal consecutivo na prisão

Neste Natal, Marcola compartilhou o mesmo pátio de banho de sol com Fuminho, seu irmão

Foto: Montagem pensarpiauiMarcola
Marcola

Marco Wilians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, apontado pelo MP-SP como o líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), passou o seu 25º Natal consecutivo cumprindo pena. Atualmente com 55 anos, Marcola foi condenado a 300 anos de prisão e encontra-se recluso na Penitenciária Federal de Brasília, uma instituição que já abrigou membros da máfia italiana Ndrangheta, incluindo Patrik Assisi e seu pai, Nicola Assisi.

Desde 19 de julho de 1999 na prisão, Marcola foi capturado pela polícia civil em São Paulo, após fugir de uma prisão em Cuiabá, Mato Grosso, onde estava detido por dois meses sob a acusação de roubo a banco. Desde então, sua jornada prisional incluiu passagens por diversas instituições, como o Centro de Reabilitação Penitenciária de Taubaté e a Penitenciária do Carandiru.

Em 2001, foi transferido para a Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, e, posteriormente, passou por outras unidades em São Paulo, como a Penitenciária de Araraquara e o Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes. Em 2019, tornou-se um detento federal, sendo recolhido na Penitenciária Federal de Brasília.

Apesar das tentativas do advogado Bruno Ferullo de transferi-lo de volta para uma prisão de São Paulo, as autoridades continuam mantendo Marcola sob custódia federal. O MP-SP já solicitou a prorrogação da permanência dele na unidade federal por mais um ano.

Além de Marcola, a Penitenciária Federal de Brasília abriga outros membros apontados como cúpula do PCC, incluindo seu irmão Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, Roberto Soriano (Tiriça), Abel Pacheco de Andrade (Vida Loka) e Cláudio Barbará da Silva (Barbará). Recentemente, Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho e braço direito de Marcola, foi transferido para o mesmo presídio.

O regime rigoroso da prisão federal impõe restrições severas aos detentos, como banho de sol limitado a duas horas, isolamento em cela individual por 22 horas diárias, sem acesso a rádio, televisão, jornais ou revistas. As visitas são semanais, sem contato físico, e as autoridades carcerárias buscam evitar que membros do PCC compartilhem informações durante o tempo de recreação para prevenir planos de fuga, resgates e ataques a agentes públicos.

Neste Natal, Marcola compartilhou o mesmo pátio de banho de sol com Fuminho, seu irmão e outros comparsas, relembrando os tempos passados na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau antes da transferência para a unidade federal.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS