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Xandão manda recado para Eduardo Bolsonaro e Elon Musk. Veja vídeo!

Foi durante julgamento dos acusados de golpismo


Reprodução Xandão manda recado para Eduardo Bolsonaro e Elon Musk. Veja vídeo!
Alexandre de Moraes foi claro: não aceita milicias digitais

Durante o primeiro dia do julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro e outras sete pessoas por tentativa de golpe de Estado, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, fez declarações interpretadas como um recado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e ao bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter).

Moraes abordou a atuação das chamadas "milícias digitais", grupos que buscam desestabilizar e minar a credibilidade das instituições brasileiras. Em sua manifestação, ele afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) "não se intimida" diante dessas investidas. A referência a "milícias digitais internacionais" foi vista como um indicativo direto a Eduardo Bolsonaro e Musk.

O filho do ex-presidente anunciou recentemente que se licenciaria do mandato parlamentar para permanecer nos Estados Unidos, onde tem se articulado com políticos da extrema direita americana para pressionar o governo dos EUA a adotar sanções contra Moraes. Ele foi alvo de um pedido na Procuradoria-Geral da República (PGR) para apreensão de seu passaporte, sob a acusação de conspiração contra o governo e o Judiciário brasileiro. O pedido, no entanto, foi negado no mesmo dia em que Eduardo confirmou sua permanência nos EUA.

A estratégia do deputado é clara: pressionar o governo Biden a adotar medidas que constranjam Moraes e o governo Lula, influenciando a condução do julgamento sobre a tentativa de golpe. Além disso, Eduardo Bolsonaro aposta na possibilidade de sanções americanas contra o Brasil como forma de enfraquecer a atual gestão e abrir caminho para um eventual retorno de seu pai ao poder.

Enquanto isso, Musk tem se posicionado publicamente contra decisões do STF e, em diversas ocasiões, ignorou determinações de Moraes em sua plataforma X, beneficiando perfis ligados ao bolsonarismo. Suas declarações ampliaram as tensões entre a Justiça brasileira e o empresário.

Foi nesse cenário que, durante o julgamento na Primeira Turma do STF, Alexandre de Moraes reforçou sua posição sem citar nomes diretamente:

"Sabemos que as milícias digitais continuam atuando, inclusive, durante esse julgamento, tentando pegar trechos para manipular. A especialidade dessas milícias digitais é a produção e distribuição de fake news na tentativa de intimidar o Poder Judiciário. Não perceberam que, se até agora não intimidaram o Poder Judiciário, não vão intimidar o Poder Judiciário, seja com polícia, com milícias digitais nacionais ou estrangeiras, porque o Brasil é um país soberano e independente", afirmou o ministro.

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