Piauí tem evolução histórica na redução de insegurança alimentar e avança 24 pontos
Estudo divulgado pela Cepro aponta que o estado foi capaz de inverter índices e promover segurança alimentar.
O Piauí teve uma diminuição de 24 pontos percentuais quando se trata de insegurança alimentar na série histórica entre 2004 e 2023, é o que apontam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compilados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais e Planejamento Participativo (Cepro), da Secretaria do Planejamento (Seplan).
Segundo o estudo, em 2004, 68,23 da população piauiense enfrentava insegurança alimentar, números acima da média nacional (39,69%) e do Nordeste (58,9%). Já em 2023, este índice diminuiu para 44,3%, enquanto a taxa de segurança alimentar recrudesceu para 55,7%.
Embora o Piauí ainda se mantenha acima da taxa nacional de insegurança alimentar (29,7%) e da média do Nordeste (40,7%), o estudo aponta que o estado foi capaz de promover a inversão das taxas de segurança alimentar durante o período, o que representa um avanço significativo, fazendo com que a segurança alimentar e tornasse regra, não exceção.
O estudo apresentado pela fundação Cepro denota diminuições estarrecedoras nos últimos 20 anos nas categorias de insegurança alimentar moderada e grave, que passaram de 26,48 e 11,93% para 8,7 e 4,9% respectivamente. Este último dado traz à tona a capacidade do estado em promover a diminuição dos casos mais extremos de privação alimentar.
“Essa mudança indica um avanço importante na capacidade das famílias de acessar regularmente uma alimentação adequada, refletindo provavelmente o impacto de políticas públicas e programas de suporte alimentar efetivos, a exemplo do Programa Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada e de todas as iniciativas que compõem o Fome Zero”, diz trecho do relatório apresentado.
Piauí: paciente zero
Entre os dias 20 a 24 de maio o Piauí sediou os eventos do G20 Social e a reunião da Força-Tarefa por uma Aliança Global Contra a Fome a Pobreza. O estado, símbolo da construção dos programas Bolsa Família e Fome Zero recepcionou representantes de mais de 30 países para discutir os termos que farão com que os ODS 1 e 2 da Agenda 2030 sejam postos novamente nos trilhos após terem sido postos de lado pela maioria dos países signatários destes acordos na Organizações das Nações Unidas (ONU).
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