Não falha um: criador do boneco Pixuleco é acusado de violência doméstica
Vinícius Aquino Carvalho, 33 anos, é investigado

Vinicius Carvalho Aquino, criador do boneco Pixuleco — que ganhou notoriedade em 2015 ao retratar o presidente Lula como um presidiário — está sendo investigado por violência doméstica no Distrito Federal.
Formado em Direito e ex-funcionário da Câmara dos Deputados, Aquino é o responsável pelo registro da marca Pixuleco junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), válido até 2030.
Uma ex-namorada o acusa de perseguição e ameaças após o fim do relacionamento. Em depoimento à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), a vítima relatou que o namoro durou seis meses e que, em 2024, chegou a registrar um boletim de ocorrência contra Aquino, conseguindo na época uma medida protetiva. Apesar disso, o casal retomou o relacionamento em outubro, mas a mulher afirmou ter encerrado a relação definitivamente em janeiro deste ano.
Segundo o depoimento, Aquino não aceitou o fim da relação. A mulher afirmou à polícia que ele teria ameaçado destruir seu carro e até matá-la caso a visse com outro homem. Ela também disse que o acusado pulou o muro de sua casa e esmurrou a porta de seu quarto.
A defesa de Vinicius Aquino afirmou que "os fatos narrados não condizem com a verdade" e declarou que só irá se manifestar de forma mais aprofundada após a conclusão das investigações.
No início de março, a Justiça decretou a prisão preventiva de Aquino, sob a alegação de descumprimento das medidas protetivas. A defesa argumentou que as ordens haviam sido extintas anteriormente e pediu a revogação do mandado. Em decisão posterior, o Judiciário substituiu a prisão por medidas cautelares: Aquino deverá usar tornozeleira eletrônica por 90 dias e está proibido de se aproximar da vítima ou manter qualquer tipo de contato com ela, inclusive por meios digitais.
O histórico de denúncias contra o criador do Pixuleco não é recente. Em 2022, o Ministério Público do Distrito Federal o denunciou por perturbação da tranquilidade de outra ex-namorada. Segundo o processo, ele teria feito 219 ligações para o celular da mulher em apenas 8 horas e 36 minutos. No entanto, Aquino foi absolvido. A Justiça reconheceu que, embora a conduta configurasse perturbação, o crime havia sido revogado por uma mudança na legislação em 2021 e o caso não preenchia os requisitos do tipo penal de perseguição.
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