Política

Merlong Solano critica alta da Selic: "o Brasil em uma sinuca de bico"

Parlamentar petista criticou a terceira elevação da taxa, aprovada pelo Banco Central


Divulgação/Câmara dos Deputados Merlong Solano critica alta da Selic: "o Brasil em uma sinuca de bico"
Deputado Federal Merlong Solano

A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central elevou em 1 ponto percentual a taxa Selic, juros básicos da economia, que agora opera em 12,25% ao ano. De acordo com a autoridade financeira, o aumento dá-se pela recente alta do dólar e incertezas em torno da inflação e da economia global.

Para o deputado federal Merlong Solano (PT), a medida coloca o país em uma “sinuca de bico”, pois interfere na dívida pública e no déficit fiscal, prejudicando o crescimento do país.

“Este não é o caminho para o Brasil”, diz o deputado. “Nós precisamos combinar uma política de ajuste fiscal que traga a evolução das despesas para dentro do novo marco fiscal e do outro lado, uma política de juros voltada para uma prática que combine o combate a inflação, com geração de empregos e com o crescimento da economia”. Assista a fala completa do parlamentar logo abaixo:

O Copom atribuiu a elevação acima do previsto às incertezas externas e aos ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo. O órgão informou que elevará a taxa Selic em 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem. Os próximos encontros serão comandados pelo futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo.

“O comitê tem acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio. Avaliou-se que tais impactos contribuem para uma dinâmica inflacionária mais adversa”, destacou o comunicado.

Essa foi a terceira alta seguida da Selic. A taxa retornou ao nível de dezembro do ano passado, quando estava em 12,25% ao ano

A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após passar um ano em 13,75% ao ano, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões, de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto, e novembro, quando subiu 0,5 ponto.

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