Segurança Pública

Maior sonegador do Brasil usou 188 empresas para crimes fiscais

Polícia suspeita que Ricardo Magro usa empresas para sonegar ICMS em SP


Reprodução Maior sonegador do Brasil usou 188 empresas para crimes fiscais
Ricardo Magro, dono da refinaria Refit

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação nesta sexta-feira (13) para investigar um suposto esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro que envolve o empresário Ricardo Magro, dono da refinaria Refit. As investigações apontam que Magro, considerado o maior sonegador de impostos do Brasil, utilizou cerca de 188 empresas para cometer crimes fiscais.

A operação, realizada por agentes do 10º Distrito Policial da Penha, cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Magro, incluindo a capital, Guarulhos e Arujá. O foco principal da ação foi a Fera Lubrificantes, sediada em Guarulhos, que pertence ao pai e ao avô do empresário.

Ligações com o crime organizado e desvios de fundos de pensão

As investigações revelaram conexões entre o esquema de sonegação e o crime organizado. A polícia iniciou a apuração após a apreensão de um caminhão transportando cocaína, que tinha ligações com um posto de gasolina suspeito de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Magro já foi investigado e preso em 2016 por suposto envolvimento em um esquema de desvio de recursos dos fundos de pensão Petros e Postalis. Na ocasião, ele foi absolvido. Além disso, o empresário atuou como advogado do ex-deputado Eduardo Cunha.

Esquema milionário e prejuízos para os cofres públicos

As investigações indicam que Magro utilizava um complexo esquema para sonegar impostos, como a adulteração de bombas de combustíveis e o transporte de produtos sem a emissão de notas fiscais. Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja bilionário.

Em nota, a defesa de Magro negou as acusações e afirmou que todos os fatos serão esclarecidos na Justiça. Leia abaixo:

“O grupo repudia veementemente as alegações infundadas veiculadas pela TV Globo, que tentam associar nosso nome a atividades ilícitas e ao delator Vinicius Gritzbach. Não há qualquer vínculo, relação ou associação, direta ou indireta, entre o grupo e essa pessoa.

Reiteramos que não há sonegação fiscal ou irregularidade em nossas operações. Todas as vendas realizadas pelo grupo são legais, com emissão de notas fiscais que comprovam nossa transparência.

A tentativa de criar uma narrativa baseada em relações comerciais legítimas surge em meio a discussões tributárias complexas entre o grupo e o Estado de São Paulo. Sempre estivemos abertos ao diálogo para buscar soluções viáveis, contudo, essa disposição não é recíproca. Temos plena confiança de que a Justiça esclarecerá os fatos e reafirmará nossa integridade."


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