Deputados republicanos pedem a Trump sanções contra Alexandre de Moraes
É pedido o bloqueio de vistos e penalidades econômicas
Dois deputados do Partido Republicano dos Estados Unidos, Rich McCormick e Maria Elvira Salazar, enviaram uma carta ao ex-presidente Donald Trump, na última quinta-feira (20), solicitando que ele adote medidas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No documento, os congressistas alegam que decisões do magistrado teriam levado o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a buscar exílio nos Estados Unidos. O parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciou recentemente que se afastará temporariamente do mandato na Câmara dos Deputados para permanecer no exterior, alegando perseguição política no Brasil.
McCormick e Salazar pedem que Trump aplique a Lei Global Magnitsky — instrumento da legislação norte-americana que permite sanções econômicas e restrições de entrada nos EUA contra indivíduos acusados de corrupção ou violação de direitos humanos.
“A decisão de Eduardo Bolsonaro, o congressista mais votado da história do Brasil, de buscar refúgio nos Estados Unidos evidencia o preocupante enfraquecimento da democracia no maior país da América do Sul”, afirmou McCormick em publicação na plataforma X (antigo Twitter), onde divulgou a íntegra da carta.
O parlamentar ainda convocou outros colegas do Congresso e do Senado a apoiarem o pedido: “A deputada Maria Elvira e eu enviamos uma carta à Casa Branca solicitando o uso do Global Magnitsky Act para adotar ações concretas contra o juiz autoritário da Suprema Corte brasileira, Alexandre de Moraes — e, possivelmente, contra seus aliados — por violações aos princípios democráticos e aos direitos humanos”.
Na carta, os congressistas também alegam que Moraes representa uma ameaça não apenas à democracia brasileira, mas também à soberania dos Estados Unidos. Eles citam atritos entre o ministro e plataformas norte-americanas, como X e Rumble, acusando o magistrado de tentar censurar empresas americanas, restringir a liberdade de expressão e comprometer a autonomia digital do país.
Diante disso, os parlamentares pedem sanções imediatas, incluindo o bloqueio de vistos e penalidades econômicas.
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