Política

Arregou? Após convocar ato golpista, Bolsonaro diz passar mal e é levado para hospital

A desculpa desta vez não foi dor de barriga. O capitão reclamou de gripe e falta de ar


Arregou? Após convocar ato golpista, Bolsonaro diz passar mal e é levado para hospital
Bolsonaro

Deu o que os mais experientes esperavam: Jair Bolsonaro (PL), após insuflar seus seguidores contra Alexandre de Moraes, convocando para o ato golpista da tarde deste sábado, 7, na avenida Paulista, em SP, passou mal pela manhã e foi levado ao Hospital Albert Einstein.

A desculpa desta vez não foi dor de barriga. O capitão reclamou de gripe e falta de ar. O Einstein não divulgou informações sobre seu estado de saúde.

Em 2023, primeiro ano do terceiro mandato de Lula, o ex-presidente não convocou ato para o 7 de Setembro. Após ser derrotado nas eleições de 2022, Bolsonaro fugiu para os Estados Unidos.

Ainda não está confirmada a presença de Bolsonaro no carro de som ao lado do idealizador dos protestos, Silas Malafaia.

Mesmo que apareça, é esperado que o ex-presidente pegue leve nas críticas a Moraes por medo de ser preso.

Por conta disso, Bolsonaro vai terceirizar os ataques a Moraes 

Temendo repercussões legais, Bolsonaro tem adotado uma postura cautelosa nos atos públicos. Ele está sob investigação em inquéritos conduzidos por Moraes e busca evitar declarações que possam ser consideradas antidemocráticas e, potencialmente, levá-lo à prisão em flagrante. Em recente entrevista, Bolsonaro fez um apelo a Moraes para “abaixar a guarda” e pediu que o ministro “tire esse coração de maldade da tua frente”. 

Por outro lado, durante um evento em Juiz de Fora (MG), na véspera do 7 de setembro, Bolsonaro chamou o ministro de “ditador” e declarou que “aquele ministro do STF não dá mais”. Flávio Bolsonaro reforçou a defesa do impeachment.

Nos bastidores, Bolsonaro tenta manter distância das ações mais contundentes contra Moraes, delegando a seus aliados a linha de frente dos ataques. Essa abordagem busca evitar desgaste político para o ex-mandatário, ao mesmo tempo em que mantém a pressão sobre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que instaure o processo de impeachment, apesar das declarações de que não pretende fazê-lo.

O pastor e empresário Silas Malafaia, um dos convocadores do ato na Avenida Paulista, deve ser o porta-voz mais incisivo durante o evento. A equipe de Bolsonaro está apreensiva com o tom que o religioso adotará, dado seu histórico de declarações inflamadas contra o STF.

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