Efeito Lula: desemprego fica estável e carteira assinada bate recorde, diz IBGE
Queda na informalidade marcam avanço do mercado de trabalho
De acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (29), a taxa de desocupação no Brasil ficou estável em 6,6% no trimestre encerrado em abril de 2025. Apesar da estabilidade em relação ao trimestre anterior, o índice representa uma queda de um ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2024.
Um dos destaques foi o número recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,6 milhões — um crescimento de 0,8% frente ao trimestre anterior.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho também se manteve praticamente estável, em 15,4%, mas apresentou uma redução de dois pontos percentuais em relação ao ano anterior. O número total de pessoas desocupadas foi estimado em 7,3 milhões, resultado similar ao do trimestre anterior, mas 11,5% inferior ao registrado em 2024.
A informalidade recuou, atingindo 37,9% da população ocupada — o equivalente a 39,2 milhões de trabalhadores.
O contingente total de pessoas ocupadas permaneceu estável no trimestre, com aproximadamente 103,3 milhões de trabalhadores. No entanto, em relação ao mesmo período de 2024, houve um avanço de 2,4%, o que representa um acréscimo de 2,5 milhões de pessoas no mercado de trabalho. O nível de ocupação subiu para 58,2%, alta de 0,9 ponto percentual na comparação anual.
Entre os setores econômicos, apenas o grupo formado por administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais apresentou crescimento na comparação trimestral — reflexo do início do ano letivo. Já na comparação com 2024, cinco setores ampliaram a força de trabalho: indústria, comércio, transporte, serviços financeiros e administração pública. Por outro lado, a agricultura registrou queda, com a perda de 348 mil trabalhadores no período.
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