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Silvio Almeida: um ministro folião

Conheça a relação do ministro com a folia

Foto: ReproduçãoSilvio Almeida e o carnaval
Silvio Almeida e o carnaval

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, ganhou holofotes ao participar do desfile histórico da escola de samba Vai-Vai, em São Paulo (SP), na noite de último sábado (10). 

Almeida desfilou junto a uma réplica pichada da estátua de Borba Gato, com a mensagem "Fogo nos racistas", em uma apresentação que homenageou o Hip Hop e a banda de rap Racionais MC's. O grupo foi homenageado com o samba-enredo da escola, intitulado "Capítulo 4, versículo 3 – Da rua e do povo, o hip hop: um manifesto paulistano", uma referência à música "Capítulo 4, versículo 3", do álbum Sobrevivendo no Inferno, de 1997.

Na noite desta segunda-feira (12), Silvio Almeida voltou à avenida, mas desta vez na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, para desfilar pela Portela. Na apresentação, o ministro deu vida ao advogado abolicionista Luiz Gama, sua principal referência e que dá nome ao instituto que presidia antes de se tornar ministro. 

Através das redes sociais, o ministro falou um pouco sobre sua relação com o carnaval e revelou, ainda, que seu avô paterno é um dos fundadores da Vai-Vai. 

"Meu avô paterno - o 'Lorito'- foi um dos fundadores da Vai-Vai  e um de seus primeiros diretores. É a Escola de Samba que faz parte da história da minha família e que é uma das mais vigorosas manifestações da cultura negra da cidade de São Paulo. Este ano Vai-Vai homenageou a cultura Hip Hop, cuja importância para a minha formação eu já mencionei outras vezes. Hoje, terei a honra de estar no desfile da Portela, que trará para o desfile a monumental obra de Ana Maria Gonçalves, 'Um Defeito de Cor'. No desfile, serei uma das representações de Luiz Gama, minha referência maior. Sem as escolas de samba e tudo o que o Brasil me deu, eu não seria quem sou: o cidadão, o advogado, o professor, o Ministro do Presidente Lula. Parafraseando o grande Luiz Simas, o Carnaval me 'inventou' e o Brasil, e o que ele tem de bom, de resistente, de criativo me permitiu chegar aqui e servir ao meu país. Vovô, estarei hoje na Sapucaí com o senhor no meu coração!", escreveu ainda Silvio Almeida. 

O desfile da Portela retratou o romance “Um Defeito de Cor”, da escritora Ana Maria Gonçalves. O enredo refaz os caminhos imaginados da história de Luiza Mahim — mulher preta e mãe de Luiz Gama (retratado por Almeida).

A escola diz ter escolhido o tema devido à “necessidade de celebrar e cultuar na arte, na cultura, a trajetória de uma negra matriarca que se confunde a tantas outras até os dias de hoje”.

“Precisamos não apenas nos espelhar na história, mas principalmente valorizar as descendentes desses movimentos de coragem por amor à continuidade. Através de seu filho, Luiz Gama, sonhamos com uma carta onde o importante abolicionista responde a sua mãe sobre o legado da memória que ela deixou: o livro”, indica o enredo.

Com informações dos portais Terra e Fórum

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