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Programa de alfabetização vai voltar

A decisão foi divulgada na quarta-feira (24), pela desembargadora federal Daniele Maranhão

Foto: ReproduçãoPROAJA
PROAJA

O Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (PROAJA) que este ano foi motivo de muita celeuma política e estava suspenso, vai voltar a funcionar por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A decisão foi proferida na quarta-feira (24), pela desembargadora federal Daniele Maranhão.

Estão em andamento inúmeras turmas de alfabetização, a eventual suspensão do serviço prestado, pode acabar levando à evasão no ensino, contrariando a essência do programa.

A decisão deixa claro que o fato de viabilizar o prosseguimento do PROAJA, “não impede a apuração e, caso constatada alguma irregularidade, a posterior suspensão do programa, a adoção de medidas necessárias a eventual ressarcimento ao erário e à responsabilização dos gestores”.

O que aconteceu 

A Justiça Federal concedeu tutela de urgência no mês passado, determinando a suspensão imediata do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (PROAJA) do Governo do Piauí e, consequentemente, todos os pagamentos destinados às entidades privadas contratadas para a prestação dos serviços de alfabetização, até ulterior deliberação da Justiça Federal.

O pedido de Tutela Cautelar Antecedente foi reiterado pelo MPF após relatório produzido pelo Tribunal de Contas do Estado onde foram encontradas inúmeras irregularidades, dentre elas, 1052 pessoas mortas matriculadas e 5546 servidores públicos inscritos como analfabetos.

Segundo o relatório do TCE, já foram empenhados R$ 214.109.517,00 (duzentos e quatorze milhões, cento e nove mil e quinhentos e dezessete reais) em favor de 33 dessas instituições e entidades privadas credenciadas pelo PRO AJA e pagos R$ 58.807.732,38 (cinquenta e oito milhões, oitocentos e sete mil e setecentos e trinta e dois reais e trinta e oito centavos) a 31 dessas instituições credenciadas.

Na decisão, o juiz aponta que “as suposições de indevida aplicação dos recursos do FUNDEF são bastante fundadas, notadamente em face das últimas informações e elementos trazidos aos autos pelo órgão ministerial”.

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