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No governo Tarcísio feminicídio tem alta de 33% em SP

O número de crimes do tipo no estado saltou de 60 entre janeiro e abril de 2022 para 80 no mesmo período deste ano

Foto: DivulgaçãoTarcísio de Freitas
Tarcísio de Freitas

r7 - Nos quatro primeiros meses do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, o número de feminicídios cresceu mais de 33% em relação ao mesmo período de 2022. Foram 60 casos entre janeiro e abril do ano passado e 80 nos mesmos meses deste ano. Tarcísio tomou posse em 1º de janeiro. Os números são do painel "Violência contra as mulheres", divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do estado.

Os casos somados de estupro e estupro de vulnerável também tiveram um aumento em relação aos quatro primeiros meses de 2022. A alta foi de 14,7% — 599 crimes a mais em São Paulo. Os números são do "Painel de dados estatísticos", da Secretaria de Segurança Pública do estado.

No plano de governo apresentado aos eleitores no ano passado, na época da campanha, Tarcísio escreveu que "os atos de violência contra as mulheres são vistos e sentidos diariamente nas ruas, nos meios de transporte e nas escolas". Como solução, ele prometeu "promover a proteção da mulher, da família e dos idosos, através de um programa de prevenção, monitoramento por tornozeleiras eletrônicas e repressão de condutas agressivas contra a mulher, jovens e crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais".

O então candidato disse ainda que iria "fortalecer a atuação das Delegacias da Mulher, com melhoria das estruturas e ampliação do horário de atendimento, priorizando o atendimento por mulheres. Criação de abrigos regionais protegidos para a mulher vítima da violência".

Outro lado

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública do Governo de SP se manifestou por nota. De acordo com o órgão, "para reduzir os casos de violência contra a mulher e, consequentemente, os feminicídios, São Paulo conta com a maior estrutura do país para combater a violência de gênero. São 140 DDMs, além da DDM Online, que permite o registro desses crimes pela internet, e das Salas DDMs 24 horas, que ficam anexas aos plantões policiais dos municípios, onde a vítima é atendida por uma equipe da DDM online por videoconferência. Como resultado, foram presos 37 criminosos por feminicídio neste ano".

"A variação dos casos de feminicídio é alvo de análise permanente por parte da SSP, que criou o programa SPVida, o qual analisa a dinâmica criminal dos crimes contra a vida, incluindo os feminicídios. No primeiro quadrimestre, cerca de 63% dos casos foram provocados devido à relação afetiva entre a vítima e o autor. As outras ocorrências tiveram como autores amigos ou familiares. Ainda, em cerca de 81% dos casos, a vítima já possuía um histórico de violência doméstica", completa o texto.

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