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Fraude em licitações: PF encontra assessor de Lira em grupo sobre kits de robótica

Cavalcante era considerado um dos mais próximos assessores de Lira

Foto: DivulgaçãoArthur Lira
Arthur Lira

DCM - Após avanços nas investigações da Polícia Federal (PF), a corporação descobriu que Luciano Cavalcante, ex-assessor de Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara dos Deputados, participava de um grupo de WhatsApp denominado “Robótica Gerenciamento”, do qual fazia parte, entre outras pessoas, uma das sócias da principal empresa apontada como pivô do esquema de desvio de verba pública relacionado a licitações fraudulentas na compra de kits de robótica para mais de 46 municípios de Alagoas.

Cavalcante era considerado um dos mais próximos assessores de Lira. Ele teve sua exoneração da Liderança do PP publicada na última segunda-feira (5).

As investigações responsáveis pelas informações já citadas fazem parte da Operação Hefesto, da PF. Através da operação, foram executados diversos mandados de prisão e de busca e apreensão contra aliados de Lira em uma investigação sobre desvios em contratos para a compra de kits de robótica com dinheiro do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). As verbas chegaram ao órgão por meio das chamadas emendas de relator, controladas à época pelo presidente da Câmara.

A Megalic Ltda. foi a única empresa contratada no fornecimento dos kits. A companhia tem como um dos sócios o empresário Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda (PSD), aliado de Lira.

A suspeita é que a empresa depositava o dinheiro que recebia das prefeituras em diversas contas bancárias, em nome de pessoas que não tinham capacidade financeira para movimentar aqueles valores. Em seguida, operadores faziam saques em dinheiro e entregavam a investigados.

De acordo com as mais recentes informações reveladas pela operação, dados fornecidos pelo WhatsApp mostraram que o grupo “Robótica Gerenciamento” era integrado por Luciano Cavalcante, por Roberta Lins Costa Melo, sócia da Megalic, e por outras quatro pessoas.

A PF afirma que Luciano manteve contato com alguns dos investigados por suspeita de fazerem constantes entregas de dinheiro vivo e que, em ao menos uma ocasião, foi o destinatário de quantia sacada momentos antes em agências bancárias.

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