Foto: Oitomeia

Kleber Montezuma e Firmino Filho

A divulgação da pesquisa pré-eleitoral sobre as intenções de voto para prefeito de Teresina, realizada pelo Instituto Credibilidade, reforça a análise de que o grupo do prefeito Firmino Filho terá importante desafio pela frente, se quiser eleger o atual secretário municipal de Educação, Kleber Montezuma, seu sucessor. Como o nome do secretário parece ter sido mesmo definido pelo PSDB teresinense, embora ainda não tenha sido lançado oficialmente candidato da situação, ao Palácio da Cidade, a provocação está posta à mesa dos tucanos.

É natural, claro, que Montezuma reúna apenas 2,75%, considerando os aspectos mais evidentes, como o fato de ainda não ter sido anunciado oficialmente, o pouquíssimo tempo da notícia a respeito da definição de seu nome, não ser um político experiente, mesmo militando partidariamente há mais de 30 anos, etc. O grupo de Firmino também pode interpretar o resultado da pesquisa como consequência da inexperiência de seu escolhido para uma pré-candidatura majoritária, como cabeça-de-chapa, nas eleições municipais.

Pode ser que o secretário decole, a partir do momento em que for anunciada oficialmente sua pré-candidatura à Prefeitura de Teresina, pelo atual prefeito e sua patota, entourage, políticos, aliados e burocratas que compartilham o poder político-administrativo da capital ao longo desses 35 anos. É uma hipótese que, teoricamente, não poderia ser descartada, do ponto de vista estatístico. Afinal, a história está cheia de exemplos que começaram com míseros dois ou três pontos percentuais, e terminaram vencendo.

Abismo pré-eleitoral

E é nessa perspectiva que Firmino Filho se agarra. Por outro lado, a margem atribuída ao pré-candidato da situação não deixa de trazer significativa incerteza a seus pares, cabos eleitorais e a seu patrono – ou patrão –, pelo fato de ser tão minguada, e pela enorme distância em relação aos que aparecem na frente. Chama a atenção, sobretudo, o abismo entre o pré-candidato do Palácio da Cidade e o desempenho do líder na pesquisa, Dr. Pessoa, com 37,2% das intenções. Ou seja, 34,45 pontos de diferença. É um assombro.

Pela Credibilidade, contra todas as percepções depreciativas em relação a Dr. Pessoa, apontado por seus críticos como folclórico e despreparado, o pré-candidato do MDB tem confirmado seus impressionantes desempenhos eleitorais, inclusive na eleição para governador, em 2018. Mesmo com todas as restrições feitas a Dr. Pessoa, os números estatísticos e eleitorais demonstram que ele realmente é um político popular, alguém com quem parte da população se identifica, talvez por sua simplicidade ou ser um outsider, tido como antissistema.

Outros dois pré-candidatos – Fábio Abreu (PL) e Fábio Novo (PT) –, com 17,2% e 11% das intenções de voto, respectivamente, mostram que estão firmes no jogo e têm potencial de crescimento, pois são jovens, consagrados nas urnas, em diversos pleitos, e avaliados como bom gestores públicos. Todos contra o escolhido de Firmino, que não quer nem sonhar, em hipótese alguma, deixar o poder depois de tantos anos liderando esse grupo tão bem acomodado na máquina pública da prefeitura. Eles terão muito trabalho à frente

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