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“Faz parte da democracia”, diz Lula sobre pressão do Centrão por cargos no governo

A declaração ocorreu em café com jornalistas no Palácio do Planalto.

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilPresidente Lula (PT)
Presidente Lula (PT)

 

O presidente Lula afirmou que a pressão de partidos do Centrão para indicar nomes ao primeiro escalão do governo em troca de apoio no Congresso Nacional “faz parte da democracia”. A declaração ocorreu em café com jornalistas no Palácio do Planalto, nessa sexta (27), após a demissão de Rita Serrano, ex-presidente da Caixa Econômica Federal.

“O que você está assistindo, na verdade, é o exercício da democracia em sua total plenitude. O Congresso Nacional existe para isso, não é um espaço que as pessoas digam amém para tudo que o governo quer”, afirmou o presidente.

Ela foi a terceira mulher a deixar o governo. Antes dela, as ex-ministras Daniela Carneiro (Turismo) e Ana Moser (Esporte) foram trocadas, respectivamente, por Celso Sabino (União-PA) e André Fufuca (PP-MA). Serrano foi substituída pelo economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, funcionário de carreira da Caixa que já trabalhou com integrantes do PP e foi indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Lula ainda afirmou que “um governo precisa do Parlamento” e que é “direito” dos partidos pedir espaço no Palácio do Planalto. Ele cita seu acordo com o Republicanos, que indicou Silvio Costa Filho (PE) para o posto de Márcio França no Ministério de Portos e Aeroportos.

“Eu fiz um acordo com PP, Republicanos. Acho que é direito deles exigir espaço no governo. Uma pessoa que tem currículo para isso e, eles juntos têm mais de 100 votos. Faltam três anos para terminar o meu mandato. Um governo precisa do Parlamento, e não o Parlamento do governo. A gente não vive só de aplausos”, prosseguiu.

Durante o café com jornalistas, o presidente também descartou a possibilidade de uma ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante seu governo e mandou um recado às Forças Armadas, dizendo que militares envolvidos nas “loucuras do 8 de janeiro” serão “exemplarmente” punidos. 
 

Com informações do DCM

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