Pensar Piauí

Deputados defendem fim do monopólio das empresas de transporte intermunicipal

A audiência pública nesta quarta-feira (24), no Cine Teatro da Alepi discutiu o aumento de 25% na passagem intermunicipal.

Foto: Reprodução/O DiaTransporte coletivo intermunicipal
Transporte coletivo intermunicipal

Esta quarta-feira (24) foi marcada pela Audiência Pública da Comissão de Fiscalização e Tributação (CFCFT) da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) com o objetivo de debater o aumento de 25% nas passagens de ônibus intermunicipais da região metropolitana de Teresina ocorrido em março.

Durante a audiência, os parlamentares defenderam o fim do monopólio nas empresas que operam o sistema de transporte. Agora, a prioridade é o projeto de lei que será responsável pela licitação de empresários para atuar na região. Há também a proposta de criação de um fundo para subsidiar a passagem para estudantes e trabalhadores.

Requerido pelos deputados Francisco Limma e Warton Lacerda, ambos do PT e Evaldo Gomes, do Solidariedade, o debate tinha o foco de tratar sobre esta questão. Foram afetadas as cidades de Altos, Demerval Lobão, Campo Maior, União e José de Freitas e o aumento foi considerado abusivo e teve estudantes e entidades de sociedade civil junto ao debate.

Este reajuste representou um aumento de até R$ 2, 00 nas passagens. No trajeto Teresina-Altos passaram a custar R$ 10, 00; Teresina-José de Freitas, R$ 14,00 e Teresina-União, R$ 15, 00.

“Nos chamou atenção a aplicação de um reajuste abusivo. A Agrespi liberou 9%, aplicaram 25%. Disseram que tinha uma porcentagem represada, mas não dá para um trabalhador que ganha um salário mínimo pagar R$ 10 para ir e voltar. Vamos encaminhar a criação de um fundo de subsídio para não sobrecarregar os estudantes e trabalhadores”, disse o deputado Warton Lacerda (PT).

A licitação, porém, é vista com outros olhos pelos trabalhadores que estão hoje nos ônibus coletivos. De acordo com Antônio Cardoso, do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário (Sintetro), o motorista com mais de cinco anos de empresa tem dois anos de estabilidade assegurado. Os motoristas temem que a licitação seja utilizada como argumento para demitir boa parte do contingente atual de trabalhadores.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS