Barrado no baile da OCDE, Brasil tem chance de acordar anulando as eleições presidenciais

Após os primeiros nove meses do governo Bolsonaro, no qual não se consegue identificar muita coisa de positivo para o País – na verdade, nada ou quase nada –, o melhor que poderia acontecer seria a anulação das eleições presidenciais de 2018. Já que existem evidências fortíssimas de que houve fraude eleitoral. Com certeza, há mais do que evidências, ou seja, provas. O então candidato a presidente Jair Bolsonaro teria vencido de forma fraudulenta o processo eleitoral do ano passado, por vários fatores, as fakenews entre os quais.
Isso sempre foi evidente. Porém, a cada dia, essa percepção se consolida, através de uma série de fatores óbvios, ululantes, perceptíveis desde as eleições de 2018, como o gigantesco mecanismo de manipulação midiática por meio da contratação de pacotes de disparos de fakenews em massa. As declarações de Ben Supple, gerente de políticas públicas e eleições mundiais da Whatsapp, confirmando isso, configuram mais um elemento a ser considerado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) numa eventual gestão de anulação do pleito presidencial.
A contratação ilegal dos tais pacotes configuraria, além do abuso do poder político e econômico, e do artifício de empregar fakenews, o caixa dois, pois não entraram na contabilidade oficial da campanha do atual presidente. Tudo vedado pela legislação. Como se sabe, de acordo com a jornalista da Folha de São Paulo, Patrícia Campos Mello, vencedora do International Press Freedom Award, do Comitê de Proteção de Jornalistas (CPJ), chegou a R$ 12 milhões cada contrato para disparos de centenas de milhões de mensagens.
Oportunidade ao TSE
A reportagem da jornalista foi publicada no dia 18 de outubro de 2018, em pleno segundo turno da campanha eleitoral, mas foi ignorada pelo TSE. Agora, está dada a oportunidade, à justiça eleitoral, de corrigir seus erros e agir, conforme suas prerrogativas constitucionais, anulando aquela eleição. Poder-se-ia, portanto, rever os fatores geradores de um governo que traz constrangimentos internacionais, produz instabilidade política, de forma incessante, suprime direitos sociais e não promove desenvolvimento.
A desmoralização completa de Bolsonaro, barrado no baile da OCDE – a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico –, por seu próprio muso-inspirador, Donald Trump, presidente dos EUA, aconteceu com requintes de crueldade e traição. Tal qual fez o senador Brutus ao apunhalar Júlio César, Trump enganou o brasileiro, que prometeu céus e terras aos yankees, inclusive o uso do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.
Sem qualquer compromisso de transferência de tecnologia norte-americana ao Programa Espacial Brasileiro (PEB), foi assinado o acordo de salvaguardas tecnológicas (AST), para permitir o uso comercial da base, mas não o suficiente para que os EUA apoiassem a entrada do Brasil na OCDE. Um verdadeiro vexame, que não foi atenuado por declarações posteriores, por parte do Tio Sam, no sentido de que não é bem assim... Mais um triste fato relacionado a um governo que não deveria ter sido instalado pelo voto popular.
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