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A Fundação Lemann e a educação brasileira

A visão de Lemann e de sua teia de fundações e ONG's, não por acaso muito bem representada na estrutura do ministério

Foto: DivulgaçãoFundação Lemann

Por Luis Felipe Miguel no Facebook

O desempenho de Camilo Santana à frente do Ministério da Educação até agora só não pode ser chamado de decepcionante porque não se esperava grande coisa mesmo.

Sua recusa a dialogar de verdade na questão do "novo ensino médio", um desastre vivenciado cotidianamente por estudantes, docentes e gestores escolares, é reveladora de mais do que instransigência, teimosia ou preguiça.

É reveladora da simpatia por uma visão da educação focada na preparação de força de trabalho, que portanto dá aos pobres as competências próprias de sua condição de dominados e que relega a segundo plano a formação integral e o desenvolvimento do senso crítico e do pensamento autônomo.

A visão de Lemann e de sua teia de fundações e ONG's, não por acaso muito bem representada na estrutura do ministério.

A notícia agora é que Lemann também está influenciando a política de conexão das escolas à internet, num esquema que envolve também o Ministério das Comunicações.

Os interesses em jogo não são só ideológicos. Tem mais de 6 bilhões na parada.

Um trocado, pra quem dá rombo na casa dos 43 bilhões, como no caso das Americanas. Mas vocês sabem: ricos são ricos porque catam qualquer moeda...

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