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Oscar de Barros

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Hipócritas, hipócritas, hipócritas: Abert e Rede Globo!

Foto: GloboPlayRodolfo Samela
Rodolfo Samela

 

Ontem a Câmara dos Deputados aprovou o pedido de urgência para acelerar a tramitação do projeto que torna crime a divulgação de fake News. Trata-se do projeto 2630.

O Projeto de Lei 2630/20 institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. O texto cria medidas de combate à disseminação de conteúdo falso nas redes sociais, como Facebook e Twitter, e nos serviços de mensagens privadas, como WhatsApp e Telegram, excluindo-se serviços de uso corporativo e e-mail.

O projeto 2630 também pode ser chamado de uma regulamentação das redes sociais.

Ontem, a Frente Parlamentar do Empreendedorismo reuniu representantes de entidades do setor de comunicações e das plataformas digitais para debater o projeto 2630 que regulamenta as redes sociais.

A Abert – Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão defendeu a aprovação do texto.

No Jornal Nacional (JN), Rodolfo Samela, diretor de Assuntos Legais e Regulatórios da Abert, disse: “o projeto de lei talvez seja o ponto de partida para que a gente tenha realmente um mecanismo de controle da desinformação nas redes sociais. É um conjunto de ações, mas sem o PL 2630 aprovado, a gente entende que fica muito difícil controlar”

Hipócritas, hipócritas, hipócritas, Abert e Rede Globo!

Como já foi dito, o JN abriu generoso espaço para a discussão do tema. Mas por quê?

Porque Tik Tok, Google e Meta (instagram, facebook e whatsapp) são hoje concorrentes vencedores na disputa por audiência entre a população brasileira.

Abert e Rede Globo não estão defendendo o controle da internet pensando na sociedade. Pensam no próprio umbigo.

O movimento social brasileiro, antes de reivindicar o controle da internet já pedia o controle social (regulamentação) das comunicações no Brasil. "Empresas" de radifusão, não são empresas privadas, são concessões públicas. O instrumento legal que regula esta área no Brasil é datado de 1962 – o Código Brasileiro de Comunicações.

Mas sempre que o movimento social pedia a regulamentação das comunicações vinha uma enxurrada de críticas da Abert, Rede Globo e outros setores da mídia comercial brasileira. O “argumento” principal usado por eles para se contrapor à idéia era o da censura – o mesmo que agora   Tik Tok, Google e Meta lançam mão.

O título da matéria.

Em 1964, Auro Moura Andrade (PSD) anunciou que João Goulart não era mais presidente do Brasil.  O então deputado pelo PSB, Tancredo Neves, reagiu gritando: “Canalha! Canalha! Canalha!”

Cinquenta e dois anos depois, o bordão foi usado pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) que subiu na tribuna e disse: “Não vou reprimir a indignação que me consome. “Canalha! Canalha! Canalha!”, na discussão do processo de impeachment de Dilma Rousseff. 

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