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Jornalista

Sérgio Fontenele

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Barrado no baile da OCDE, Brasil tem chance de acordar anulando as eleições presidenciais

Foto: Google ImagensEleição fraudada
Eleição fraudada

Após os primeiros nove meses do governo Bolsonaro, no qual não se consegue identificar muita coisa de positivo para o País – na verdade, nada ou quase nada –, o melhor que poderia acontecer seria a anulação das eleições presidenciais de 2018. Já que existem evidências fortíssimas de que houve fraude eleitoral. Com certeza, há mais do que evidências, ou seja, provas. O então candidato a presidente Jair Bolsonaro teria vencido de forma fraudulenta o processo eleitoral do ano passado, por vários fatores, as fakenews entre os quais.

Isso sempre foi evidente. Porém, a cada dia, essa percepção se consolida, através de uma série de fatores óbvios, ululantes, perceptíveis desde as eleições de 2018, como o gigantesco mecanismo de manipulação midiática por meio da contratação de pacotes de disparos de fakenews em massa. As declarações de Ben Supple, gerente de políticas públicas e eleições mundiais da Whatsapp, confirmando isso, configuram mais um elemento a ser considerado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) numa eventual gestão de anulação do pleito presidencial.

A contratação ilegal dos tais pacotes configuraria, além do abuso do poder político e econômico, e do artifício de empregar fakenews, o caixa dois, pois não entraram na contabilidade oficial da campanha do atual presidente. Tudo vedado pela legislação. Como se sabe, de acordo com a jornalista da Folha de São Paulo, Patrícia Campos Mello, vencedora do International Press Freedom Award, do Comitê de Proteção de Jornalistas (CPJ), chegou a R$ 12 milhões cada contrato para disparos de centenas de milhões de mensagens.

Oportunidade ao TSE 

A reportagem da jornalista foi publicada no dia 18 de outubro de 2018, em pleno segundo turno da campanha eleitoral, mas foi ignorada pelo TSE. Agora, está dada a oportunidade, à justiça eleitoral, de corrigir seus erros e agir, conforme suas prerrogativas constitucionais, anulando aquela eleição. Poder-se-ia, portanto, rever os fatores geradores de um governo que traz constrangimentos internacionais, produz instabilidade política, de forma incessante, suprime direitos sociais e não promove desenvolvimento. 

A desmoralização completa de Bolsonaro, barrado no baile da OCDE – a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico –, por seu próprio muso-inspirador, Donald Trump, presidente dos EUA, aconteceu com requintes de crueldade e traição. Tal qual fez o senador Brutus ao apunhalar Júlio César, Trump enganou o brasileiro, que prometeu céus e terras aos yankees, inclusive o uso do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.

Sem qualquer compromisso de transferência de tecnologia norte-americana ao Programa Espacial Brasileiro (PEB), foi assinado o acordo de salvaguardas tecnológicas (AST), para permitir o uso comercial da base, mas não o suficiente para que os EUA apoiassem a entrada do Brasil na OCDE. Um verdadeiro vexame, que não foi atenuado por declarações posteriores, por parte do Tio Sam, no sentido de que não é bem assim... Mais um triste fato relacionado a um governo que não deveria ter sido instalado pelo voto popular.

OBS: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do pensarpiaui.

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