Travesti é morta a pauladas e facadas em Teresina
O caso está sendo acompanhado para descobrirem as reais motivações do crime.
A travesti Paloma Amaral, de 34 anos, morreu após ter sido esfaqueada e vítima de pauladas na cabeça no Centro de Teresina. Ela chegou a ser encaminhada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde a família reconheceu o corpo neste domingo (10). O caso teria ocorrido na semana passada.
Leonna Osternes, Coordenadora de Proteção aos direitos LGBTQIAPN + da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, explicou que o caso está sendo acompanhado para descobrirem as reais motivações do crime. Em 2021, Paloma foi vítima de um triste episódio de violência, tendo sido amarrada pelos pés e sofrendo agressões por populares em um porta-malas de um carro. Ela havia sido acusada de furto. Toda a situação foi filmada e gerou grande repercussão nas redes sociais. As informações são do portal A10+.
A vítima estava sendo acompanhada pela Casa do Caminho, órgão de acolhimento da Prefeitura de Teresina, e sendo assistida pelo Centro de Referência LGBTQIAPN +. Paloma se encontrava em situação de rua, porém acolhida e monitorada pelos serviços de proteção aos direitos fundamentais da população de rua e políticas públicas para LGBTIQA+. No entanto, ela teria ido para um atendimento do CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial), e não retornou para a casa de acolhimento.
A família de Paloma registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia dos Direitos Humanos, que deve acompanhar o caso, além da Delegacia de Feminicídio, através do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Em nota de repúdio, a o Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis - GPTRANS, lamentou a morte de Paloma Amaral e pede que o caso seja investigado. “O GPTRANS entidade representativa da população de Transexuais e Travestis do Estado do Piauí, estará vigilante na apuração do caso, para o crime ser investigado e as pessoas envolvidas sejam punidas na forma da lei. ABAIXO A TRANSFOBIA😢✊🏿🏳️⚧️”, diz trecho do comunicado.
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