O crime que tirou a vida de Ana Júlia Fernandes, de 22 anos, chocou Goiás e todo o país. A jovem foi brutalmente assassinada pelo ex-namorado Renan dos Santos com golpes de espada, em um ataque que também resultou na morte de Luana Meirelles, atual companheira do agressor. O caso, ocorrido em setembro de 2023, evidenciou mais uma vez a gravidade da violência doméstica e de gênero no Brasil.

O delegado Daniel Moura, explicou que Renan dos Santos, de 23 anos, confessou que matou Luana, sua companheira, e Ana Júlia, sua ex, com golpes de espada. "Ele golpeou a companheira com uma arma branca de fabricação caseira. Após ter matado a companheira, ele seguiu até o trabalho de outra mulher [a ex], que teria sido o motivo da discussão, e também a golpeou diversas vezes", explicou o delegado.

Ele foi preso em flagrante e responde por duplo homicídio qualificado, com agravantes de feminicídio e motivo torpe.

Ana Júlia era descrita por amigos e familiares como uma jovem alegre, dedicada aos estudos e aos amigos. Sonhava em se formar na área de saúde e construir uma vida longe do ex-namorado, que a perseguia desde o término. Já Luana, que também enfrentava abusos, estava em um relacionamento conturbado e tentou, sem sucesso, se distanciar do agressor.

O duplo homicídio gerou grande comoção e revolta nas redes sociais, com pedidos por justiça e por medidas mais eficazes de proteção às mulheres em situação de risco. A morte de Ana Júlia e Luana levanta novamente o debate sobre a necessidade de ampliar as políticas públicas de combate à violência contra a mulher e de endurecer as penas para crimes de feminicídio no Brasil.

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