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Queda de avião em SP: saiba mais informações

Veja detalhes sobre acidente que abalou o Brasil


Queda de avião em SP: saiba mais informações
Queda de avião em SP

Adriano Assis agradeceu aos céus após perder o voo da companhia aérea VoePass, acidentado em Vinhedo, interior de São Paulo, que não deixou sobreviventes.

Ele disse ao Jornal Hoje, da TV Globo, que não tinha conhecidos que embarcaram. Ele disse que conversou com sua família e falou em “livramento de Deus”.

Avião caiu porque estava com uma velocidade muito baixa, diz especialista

O especialista em aviação Joselito Geraldo de Sousa, conhecido como Lito Sousa, analisou a queda do avião em Vinhedo (SP), que resultou na morte dos 62 ocupantes a bordo nesta sexta-feira (9). Em uma transmissão ao vivo no YouTube, ele explicou que a aeronave pode ter perdido sustentação no ar devido à incapacidade de manter a velocidade necessária para o voo.

“[O avião] não planou porque atingiu uma condição em que sua velocidade era muito baixa”, explicou Sousa. Durante a queda, a aeronave desceu em uma posição vertical, girando em "parafuso chato" até colidir com o solo. “Ele foi diminuindo a velocidade até chegar em um ponto em que não havia mais sustentação”.

Uber atrasado salvou vida de três passageiros de acidente mortal de avião em SP

Três passageiros não conseguiram embarcar no voo que saiu de Cascavel, no Paraná, às 11h58, e tinha como destino o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP), por conta de um atraso no Uber a caminho aeroporto. 

"Graças a Deus", disse um homem a outro, identificado como Michel, em vídeo da internet. "Deus está contigo demais". 

Jornalista filmou passageiros passando mal em avião da Voepass um dia antes de tragédia

A jornalista Daniela Arbex postou em suas redes sociais um relato sobre sua experiência desesperada no avião ATR-72, que caiu na tarde desta sexta-feira (9) em Vinhedo (SP), e causou a morte de 62 pessoas. 

Nesta quinta-feira (8), um dia antes do acidente, a jornalista fez uma viagem entre Ribeirão Preto (SP) e Guarulhos, e filmou os passageiros passando mal de calor dentro da aeronave. 

"Filmei as pessoas passando mal durante o voo por causa do calor que fazia dentro da aeronave sem ar condicionado. Foi terrível. Um passageiro chegou a tirar a camisa. Outro, que estava uma poltrona à minha frente, sentia muita dor de cabeça. As pessoas se abanavam procurando ar", relatou ela, em sua conta no Instagram.

A jornalista acrescentou que ficou indignada com a situação, e que essa era a terceira vez que ela viaja na aeronave da companhia e que a mesma apresentava problemas.

"Eu e outros passageiros questionamos a aeromoça. A resposta foi de que o 'ar não funcionava em solo, só no ar', o que não aconteceu. Da vez anterior, a desculpa é que o ar precisava de manutenção", disse.

Ela ainda questionou como uma aeronave opera em tais condições. Em outro voo, para participar de um evento no Paraná, a jonalista contou que pediu para comprar outra passagem, pois não queria ir na aeronave da Voepass. Ela teve seu pedido atendido e voou em outro avião. 

"Lamento profundamente pelas vidas perdidas hoje e percebo que corremos um risco real. Estou profundamente impactada com essa tragédia", finalizou a jornalista. 



Acúmulo de gelo pode ter provocado queda de avião

Uma falha no sistema anti-congelamento é uma das principais hipóteses para o acidente aéreo que deixou 62 mortas em Vinhedo, no interior de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (9).

A suspeita é de que o problema tenha provocado um acúmulo de gelo na aeronave, que fez com que ela começasse a girar “em parafuso chato”, uma condição conhecida como estol, até colidir com o solo.

A aeronave caiu aproximadamente de 5 km em menos de dois minutos e explodiu após o impacto, provocando um incêndio.

O piloto solicitou à torre de comando autorização para reduzir a altitude da aeronave, afirmando que os níveis de gelo estavam muito elevados. No entanto, a torre teria negado o pedido.

O especialista em aviação Roberto Peterka disse que, caso a aeronave estivesse a uma altitude mais elevada, o gelo poderia ter derretido, permitindo que o avião retomasse o controle normal.

“Ele veio numa perda de controle em voo. A hipótese provável é justamente a formação de gelo. O gelo acaba se formando nas asas e altera o perfil aerodinâmico, e aí a aeronave perde a sustentação e vem para o chão. Provavelmente, se ele tivesse mais altura, o gelo poderia descongelar, e ele adquirir as condições de voo normal”, afirmou Peterka.

Imagens capturadas de diferentes ângulos mostram o momento da queda do avião, que caiu verticalmente até atingir o quintal de uma casa em um condomínio no bairro Capela.


Voepass é a antiga Passaredo: conheça a empresa do avião que caiu em Vinhedo

A companhia Voepass, antiga Passaredo, estava em expansão e, no final do mês de julho, anunciou que vai começar a voar para Bahia, Minas Gerais e Distrito Federal. A partir de janeiro de 2025, a companhia promete reativar suas bases em Brasília (DF), Uberlândia (MG), Vitória da Conquista (BA) e Barreiras (BA).

A empresa aérea tem sede em Ribeirão Preto (SP) e voa atualmente com uma frota composta por 15 aeronaves de modelo da empresa franco-italiana ATR: o ATR 72-500, ATR 72-600 e ATR 42-500 e conta com um codeshare com a Latam. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a companhia é a quarta maior do Brasil, com uma participação de 0,5% do mercado doméstico.

Dados da própria companhia dão conta de que ela atende 37 destinos nacionais e transportaram mais de 500 mil passageiros em 2023.

A Passaredo Linhas Aéreas é reconhecida como companhia aérea brasileira mais antiga em operação, tendo iniciado seus voos no ano de 1995. No ano de 2019, os controladores da Passaredo adquiriram o controle societário da MAP Linhas Aéreas, formando a nova marca Voepass Linhas Aéreas.

Procurada, a Latam esclareceu que apenas comercializa as passagens, sendo a operação de responsabilidade da Voepass.

Conheça a história da Passaredo

O empresário José Luiz Felício fundou a Passaredo Transportes Aéreos em 1995. Com experiência em transporte rodoviário, a companhia aérea começou a operar com duas aeronaves Embraer 120 Brasília.

Após uma expansão, a empresa suspendeu as operações em 2002 devido à crise econômica. Em 2004 a empresa retornou com o nome Passaredo Linhas Aéreas.

Em 2012 a empresa entrou em processo de recuperação Judicial, que foi encerrado em 2017. Meses antes ela havia sido vendida para a Itapemirim, mas o negócio foi cancelado.

Em 2019 a Passaredo comprou 100% da MAP Linhas Aéreas, empresa que operava principalmente em destinos na região norte do país. A empresa também lançou uma nova identidade visual e passou a se chamar Voepass.

O fundador da Passaredo faleceu em outubro de 2023, aos 81 anos. Hoje o presidente da companhia é seu filho, José Luiz Felício Filho.

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