PF prende empresário bolsonarista que convocou atiradores para protesto contra Lula
Apoiadores de Bolsonaro têm feito bloqueios de rodovias e se reunido em frente a quartéis pedindo que militares impeçam a posse de Lula

A Polícia Federal prendeu na noite desta terça-feira um empresário bolsonarista que participava de manifestação antidemocrática em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. A ordem partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais no dia 26 de novembro, o empresário Milton Baldin aparece ao microfone, em um palco instalado em frente ao QG do Exército, convocando atiradores para participar de uma manifestação contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
"Gostaria de pedir ao agronegócio, aos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros para Brasília. São só 15 dias, não vai fazer diferença. Também pedir aos CACs, atiradores que têm armas legais", disse o homem aos manifestantes concentrados em frente ao QG do Exército.Ele se identifica como sendo de Juruena (MT).
Em outro momento do vídeo, ele complementa: "Essa bandeira (do Brasil) pode até ser vermelha, mas com meu próprio sangue".
Veja o vídeo:
PF prende empresário bolsonarista de Mato Grosso que convocou atiradores para protesto contra Lula.
— enock cavalcanti (@enock_paginadoe) December 7, 2022
Ordem partiu do ministro Alexandre de Moraes. Em vídeo de 26 de novembro, Milton Baldin aparece em frente ao QG do Exército, convocando atiradores para manifestação contra Lula pic.twitter.com/qLT5DoSitg
Baldin foi preso pela PF nas proximidades do acampamento, em um momento no qual se afastou do local.
Desde a derrota de Bolsonaro, seus apoiadores têm feito bloqueios de rodovias e se reunido em frente a quartéis pedindo que militares impeçam a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em afronta à Constituição. O STF e o Ministério Público investigam quem está por trás desses novos atos, que, segundo especialistas, podem vir a ser enquadrados como crime contra o estado democrático de direito.
Com informações do Extra
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