G20 Brasil 2024

O Piauí saiu da inércia. A vida aqui ficou melhor (com os governos do PT)

Quem afirma isso não é liderança política nenhuma são números do PNUD, da ONU


Foto: Roberta Aline/MDSWellington Dias e Rafael Fonteles
Wellington Dias e Rafael Fonteles

Na semana em que a internet roda um vídeo afirmando que “o PT governa como a direita” é preciso dizer que a vida no Piauí ficou melhor independente de discursos políticos.

Quem afirma isso não é liderança política nenhuma são números do PNUD, da ONU.

Durante esta segunda-feira no G20 Social, evento sediado no prédio da Federação das Indústrias do Piauí (Fiepi) houve o seminário "Na rota para o G20: a experiência recente do Piauí na combate à fome e à pobreza.

A apresentação parte do estudo "Medidas de Desenvolvimento Humano e políticas públicas no Piauí (2000-2024) desenvolvido por Antônio Claret, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e contou com a presenta do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, o governador Rafael Fonteles e o secretário de Planejamento, Washington Bonfim, além da presidente do Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicadas (Ipea), Luciana Servo.

O debate, aberto ao público tinha em seu âmago a discussão da elevação do Piauí ao longo dos últimos 20 anos em diversas estatísticas - período em que o estado foi governado por Wellington Dias e o Brasil, por Lula. O estado passou de um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,41, portanto, muito ruim, para 0,71 uma melhora significativa e que coloca o estado com um IDH alto, segundo o estudo.

Veja a íntegra da fala do ex-govertnador do Piaui e do atual Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias

Peço licença a todos os presentes neste encontro para quebrar o protocolo. A minha saudação de hoje será feita em forma de agradecimento. Não às autoridades, consultores, governador, prefeitos, entidades e associações aqui presentes.

Cada gesto de agradecimento e de confiança é hoje dirigido aos 3.195 milhões de piauienses que um dia acreditaram que era possível sonhar com um estado mais equilibrado, mais solidário e, acima de tudo, em um estado mais humano.

O que a ONU, as Nações Unidas, acaba de confirmar é que o Piauí foi não apenas o estado com o maior crescimento em desenvolvimento humano do Brasil, mas de todo o mundo, numa comparação feita com 23 países em estágios semelhantes.

Em 20 anos, demos o maior salto deste início de século: saímos do IDH, do índice de desenvolvimento humano, considerado “muito baixo” para “muito alto”.

Em 20 anos, subimos de patamar numa velocidade que alguns países levaram mais de 200 anos. Foi preciso trocar o pneu com o carro andando, promover o encontro único da agenda do século 19 com as transformações que já começamos a viver da vanguarda do século 21, como o hidrogênio verde e as escolas com programação e ensino de inteligência artificial.

É por isso que estamos hoje recebendo delegações de mais de 50 países pra falar de exemplos e resultados obtidos aqui no Piauí. Nestas duas décadas, muitas delas quando pude estar governando este estado lado do presidente Lula, podemos dizer com convicção que agora, Rafael, o “Piauí pode mais”. Pode mais porque pode bater no peito para reafirmar que “quem tem legado, tem também muito futuro”.

O termo “desenvolvimento humano” pode até parecer uma expressão distante para alguns. Mas o que este indicador que saiu de 0.4 para mais de 0.71 significa dizer é que a vida no Piauí ficou melhor, que a qualidade de quem vive aqui hoje é outra, que as condições nascer, crescer e viver bem estão quase duas vezes melhores do que eram há 20 anos atrás.

E tudo isso não foi medido por quem estava trabalhando, visitando cada um dos 224 municípios do Piauí, dando um duro danado pra entregar novos resultados diários. Foi a comunidade internacional, o PNUD, a ONU, que saiu atrás de cada vida salva com a redução da mortalidade infantil, com cada nova criança que entrava na escola, com cada casa que trocava a lamparina por energia elétrica, com cada idoso que passava a viver porque começou a viver melhor.

Ninguém precisou desenhar, escrever, nem contar história. Eu posso dizer que vi por que era a minha realidade, a mesma realidade de milhares de pessoas do Piauí. O dinheiro pra botar comida na mesa, era pouco, não tinha Fome Zero ou Bolsa Família. A luz faltava, porque não existia o Luz para Todos, a estrada não existia, a gente não tinha ainda o Pro Piauí, e a escola era longe, porque não tinha creche, nem ensino médio em muitas cidades do estado.

Primeiro, a gente sonhou que era possível mudar. Depois, a gente confiou. Aí, meus amigos e minhas amigas, foi a hora correr atrás: arrumando as contas e aumentando a capacidade do investimento do estado. Depois, vem o segundo ponto decisivo: fazer o estado rodar pra quem precisa mais, porque às vezes parece que ele foi feito pra só funcionar pra quem pode viver melhor.

Não tem gráfico que represente uma mudança dessa proporção: um estado que tinha um PIB de R$ 7,1 bilhões em 2002 saltar para 64 bilhões em 2021. Isto representa um número 9 vezes maior. E mais do que um número frio, significa dizer que a gente elevou o padrão da renda no estado, fazendo a renda média de quem vive no estado sair de 28,9% para quase 48% da renda da renda média nacional.

Como governador, tive a honra de fazer de tudo para que o Piauí tivesse o maior rendimento médio da população do Brasil. Aumentamos 37% em 11 anos. Isso significa dizer que não temos só mais dinheiro na praça. Mas que o dinheiro tá sendo distribuído pra reduzir a pobreza, a fome e a desigualdade social.

Imaginem vocês que, em 20 anos, o estado que estava lá no rabo da gata em oferta de energia para a população se tornou o que mais cresceu em oferta de energia limpa do país.

E pensar que, anos atrás, tinha energia na casa grande, na cocheira e até no galinheiro, mas não chegava para toda a população. Hoje nós batemos os 100% e somos referência em geração de energia, com crescimento de mais de 2.500%.

A gente não apenas trocou a lamparina pelo LED, como consolidou um dos maiores parques eólicos e de energia solar do Brasil. E agora demos todos os passos necessários para avançar com o hidrogênio verde.

O Piauí soube ousar e avançar por novos caminhos. Em 2003, eram apenas 66 municípios interligados por uma malha de cerca de 1.500km. Em 20 anos, o asfalto chegou aos 224 municípios e a malha cresceu para mais de 6.500km. E o que passa pela estrada é desenvolvimento, integração da produção, melhoria de acesso aos serviços de saúde e pra chegar até a escola.

E o Rafael tá seguindo direitinho a receita, viu? Conectou recentemente as cidades de Cristalândia, Sabastião Barros, no Sul, e também os municípios de Luzilândia, Matias Olímpio e Campo Largo, na região Norte.

O que temos aqui são conquistas que vieram pra ficar. Que estado esteve entre os melhores resultados do Brasil na redução da mortalidade infantil em 20 anos? O Piauí. Que estado saiu de uma cobertura do saúda da família em pouco menos de 10% para chegar a quase 99% da população? Foi o Piauí. Que estado saiu de 15º lugar, entre estados que tinham crianças de 6 a 14 anos na escola, e ficou na cabeça de chapa, lá na ponta por vários seguidos? Já tá ficando fácil... mas foi o Piauí também.

O que a gente alcançou só nos motiva a avançar com o muito que temos pela frente. Trabalhamos muito para reduzir a pobreza no Piauí. E hoje, ao lado do presidente Lula, tivemos a maior redução da pobreza e da extrema pobreza em mais de uma década.

Não apenas voltamos com o Bolsa Família, como consolidamos o maior Bolsa Família da história. Se formos contar, apenas no ano passado, a gente tirou mais de 60 mil brasileiros da situação de pobreza por dia. Isso dá mais que um Morumbi lotado, todo dia, com gente fazendo as três refeições.

É por isso que a gente precisa avançar juntos, com o que aprendemos aqui e com o muito que temos a evoluir, junto com outras 50 delegações do mundo. Não se trata de um contrato, nem de um tratado. Se trata de uma Aliança Global para enfrentar a fome e a pobreza. É com essa motivação que a gente sai daqui hoje.

Ainda mais animados, e motivados, pra seguir virando esse jogo e pra tirar, novamente, o Brasil do Mapa do Fome.

Muito obrigado a todos e a todas.

De acordo com Claret, o estudo do PNUD aponta que o Piauí teve uma queda vertiginosa em seu nível de pobreza, passando de 57,8% para 29%.

Ainda no seminário, foi destacada a importância do Piauí na geração de energias limpas e renováveis.

"O Piauí é, sem dúvidas, um exemplo nos últimos 20 anos no combate à pobreza. O Brasil quando presidiu a FAO, colocou a erradicação da fome como um princípio. Nós que militamos ao lado do presidente Lula precisamos nos indignar com a fome. Eu chamo atenção para os números até 2021. Nós novos estudos, como PNAD, a recuperação do Piauí pós-pandemia é ainda maior, tudo isso conectado ao governo federal", ressaltou o governador Rafael Fonteles.

O governador também ressaltou a capacidade de investimento do Piauí a partir de uma percepção de que a capacidade de investimento do estado mudou.

"O Piauí passou a ter uma grande capacidade de investimento. O estado precisa dar conta e fazer seu dever de casa quanto às despesas para poder garantir a capacidade de investimento na redução de desigualdades, na construção de escolas de tempo integral, construção de estradas e unidades de saúde" finalizou Fonteles.

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