Moraes cobra resposta da PF sobre investigação de Elon Musk
A investigação ganhou notoriedade após a PF identificar, em abril, que perfis banidos por decisão judicial conseguiram realizar transmissões ao vivo na plataforma
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta segunda-feira (2) que a Polícia Federal (PF) se manifeste sobre os dados apresentados pela plataforma X no inquérito que investiga Elon Musk, proprietário da rede social, por possível obstrução de Justiça. A investigação ganhou notoriedade após a PF identificar, em abril, que perfis banidos por decisão judicial conseguiram realizar transmissões ao vivo na plataforma.
Moraes determinou que, após a análise da PF, o caso seja encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro reforçou uma decisão de setembro de 2024 e ordenou que o setor pericial da Polícia Federal examine os esclarecimentos fornecidos pelo X. Até o momento, a resposta não foi dada, o que motivou a nova solicitação do ministro.
"Reitero a decisão proferida em 6/9/2024 e determino que a Polícia Federal, pelo setor pericial competente, examine os esclarecimentos prestados pela plataforma 'X' e avalie sua verossimilhança", afirmou o ministro.
A investigação foi aberta após uma ameaça de Elon Musk de não cumprir ordens do STF. Em resposta, a plataforma alegou que uma "falha técnico-operacional" teria permitido que perfis suspensos participassem de transmissões ao vivo. Entre os beneficiados pela falha estariam blogueiros investigados por atos antidemocráticos, como Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio.
A PF afirmou que os investigados estariam utilizando uma estrutura de "milícia digital" fora do Brasil para driblar as determinações judiciais, promovendo discursos extremistas e polarizadores.
Starlink, empresa de Elon Musk, vai oferecer internet para celular
A Starlink, serviço de internet via satélite de Elon Musk, agora permitirá que celulares se conectem à sua rede, antes disponível apenas para desktops. Essa inovação já está em funcionamento nos Estados Unidos, com a possibilidade de enviar mensagens de texto online.
Segundo o Estadão, o objetivo é levar internet a áreas remotas, com dificuldades de conexão. O próximo passo é expandir o serviço para incluir chamadas de áudio e vídeo, além do envio de mensagens de texto.
Ao contrário dos sistemas tradicionais, que dependem de torres terrestres para transmitir sinais, a Starlink usa satélites em órbita para se conectar diretamente aos dispositivos. Isso possibilita a conexão em locais com pouca infraestrutura e distantes das torres das operadoras convencionais.
O serviço já foi utilizado em emergências nos EUA, como após o furacão Helene, e foi aprovado pela Comissão Federal de Comunicações (FCC). A Starlink opera em parceria com operadores de telefonia, como a T-Mobile.
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