Política

Mauro Cid admite plano golpista e relata ter presenciado os atos

Nega participação ativa e reforça delação sobre Bolsonaro e aliados


Reprodução Mauro Cid admite plano golpista e relata ter presenciado os atos
Mauro Cid admite veracidade de plano golpista e relata ter presenciado os atos

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou nesta segunda-feira (9), em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que a acusação de tentativa de golpe de Estado é verdadeira. Segundo ele, presenciou “grande parte dos fatos” relacionados ao plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, mas negou ter atuado diretamente na execução do esquema.

“Presenciei grande parte dos fatos, mas não participei deles”, declarou o militar, que foi o primeiro dos oito réus apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como integrantes do “núcleo crucial” da trama golpista a prestar depoimento. Cid firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal, o que garantiu sua prioridade na oitiva desta fase do processo.

Ex-ajudante de ordens da Presidência no governo Jair Bolsonaro, Mauro Cid é descrito pela PGR como uma figura operacional no núcleo central do plano, ainda que com “menor autonomia decisória”. Sua principal função, segundo o órgão, era atuar como intermediário entre Bolsonaro e os demais envolvidos, repassando ordens e articulando contatos com militares e civis engajados na tentativa de deslegitimar o processo eleitoral de 2022.

As investigações apontam que Cid trocou mensagens com outros membros do grupo e chegou a buscar, com apoio de hackers, materiais que colocassem em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro.

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