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Líderes conservadores saúdam Trump: repercussão da vitória republicana

Veja declarações após vitória de Donald Trump no Colégio Eleitoral


Divulgação Líderes conservadores saúdam Trump: repercussão da vitória republicana
Donaldo Trump

O republicano Donald Trump será o próximo presidente dos Estados Unidos após conquistar mais de 270 delegados no colégio eleitoral, segundo projeção não oficial, mas historicamente aceita, feita por serviço elaborado por estatísticos a pedido de institutos e meios de comunicação. A vitória foi cravada às 7h32 (horário de Brasília), quando o republicano garantiu 276 delegados. Em seu X (ex-Twitter), o inelegível Jair Bolsonaro celebrou a “vitória épica” do “guerreiro Trump”.

A mitomania bolsonarista se mantém justamente a partir da criação da tragédia à direita e Jair não poderia deixar de utilizar Trump como sua “principal catapulta” diante dos conservadores que se instalaram no Brasil. A vitória republicana aquece os pulmões do bolsonarismo e coloca fios de esperança na volta de Bolsonaro em 2026, mesmo sem poder se candidatar.

Javier Milei também não poderia ficar à parte e parabenizou Trump assim que possível. A pedidos para que o republicano “torne a América grande novamente”, o presidente afirmou que “você sabe que pode contar com a Argentina para cumprir essa tarefa”.

Demais autoridades também fizeram suas demonstrações à Trump, como o primeiro-ministro israelense, Benjamin Natanyahu, que descreveu a vitória como “o maior retorno da história” e enfatizou a “forte aliança entre Israel e os Estados Unidos”.

Emmanuel Macron, presidente francês, também fez seus ensejos em publicação no X. Na Ucrânia, Volodymyr Zelensky também saudou Trump sob a promessa de retorno da “paz para a Ucrânia”. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, Olaf Scholz, Chanceler da Alemanha, Viktor Orbán, na Hungria, Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália também enviaram suas saudações. Mark Rutte, secretário-geral da Otan e Narendra Modi, estusiasta trumpista na Índia também saudaram o presidente.

Situação dos BRICS

Em uma análise contundente o analista geopolítico Pepe Escobar alertou para os impactos dessa reviravolta no cenário mundial, com foco na continuidade de conflitos e políticas externas agressivas dos Estados Unidos.

“O genocídio em Gaza continua. A guerra contra os BRICS continua”, disse Escobar, enfatizando que a postura beligerante de Washington em relação a regiões estratégicas não deve arrefecer com a volta de Trump ao poder. Segundo ele, a administração Trump, agora reforçada por um “mandato poderoso”, como o próprio ex-presidente descreveu, seguirá intensificando pressões e sanções sobre adversários geopolíticos, especialmente o bloco dos BRICS.

Escobar destacou também a provável ascensão de Mike Pompeo a um cargo-chave, sendo o principal nome cotado para liderar o Departamento de Defesa. “Mike Pompeo terá um papel extremamente perigoso. Os alvos já são conhecidos: Irã, Venezuela e os houthis no Iêmen”, afirmou. Segundo o analista, a nomeação de Pompeo, ex-secretário de Estado e figura alinhada com políticas intervencionistas, indicaria um direcionamento ainda mais agressivo e estratégico contra países que desafiam a hegemonia norte-americana.

As declarações de Escobar surgem num contexto em que Trump reafirma sua vitória, afirmando que “a América nos deu um mandato poderoso e sem precedentes” a uma multidão entusiasmada em Palm Beach, onde prometeu uma abordagem “implacável” para restaurar a posição dos Estados Unidos no cenário mundial. Apoiado por figuras como o empresário Elon Musk, que contribuiu com US$ 120 milhões para sua campanha e provavelmente será nomeado para liderar uma comissão de eficiência governamental, Trump já sinalizou uma agenda focada no fortalecimento militar e econômico do país.

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