Lava Jato, Sergio Moro, Deltan Dallagnol: a casa caiu!
Lava Jato, Sergio Moro, Deltan Dallagnol: a casa caiu!
Por Sérgio Fontenele, jornalista O caso histórico envolvendo a famigerada Operação Lava Jato é um dos maiores escândalos já vistos. Sem dúvida, é o mais grave e lamentável evento já registrado na trajetória da justiça brasileira. Quem diria que a força-tarefa, apresentada, apologizada, enaltecida na terra e no céu, “vendida” como revolucionária, salvadora, arauto da moralidade, seria desmascarada. E continua sendo, a cada hora, minuto, dia, semana, doa a quem doer, algo impensável pelo poder atual. Não há o que fazer aparentemente, nem que o estado brasileiro assuma seu pendor totalitário, autoritário, antidemocrático, antipopular, truculento, boçal, ignorante, escatológico. Mesmo que as milícias do Rio de Janeiro assassinem, por exemplo, o jornalista Glenn Greenwald, responsável pela divulgação de algo aterrador, mas que já era da percepção de grande parte da sociedade. Foi preciso surgir um norte-americano – que ironia, hein? – para desmontar a farsa da Lava Jato, que afundou o País no caos. Mesmo se a vocação francamente ditatorial do atual governo federal se consumar. Não haverá como interromper a ação legítima da imprensa livre, no sentido de desmascarar a Lava Jato. Todo o conteúdo revelador dos subterrâneos da operação virá à tona, como disse o próprio jornalista. De qualquer maneira. E não há nada que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ou o Supremo Tribunal Federal (STF) possam fazer, no sentido de ocultar a verdade, que brota tal como água que se esvai por entre os dedos. Pesadelos em Curitiba Não há como retirar o Intercept do ar, nem como confiscar todo o imenso, robusto, registro dos diálogos escusos expostos. O material se encontra fora do País, e continuará a ser publicado, inclusive em parceria com outros veículos de comunicação brasileiros e estrangeiros. Moro, gradativamente, vai se transformando de herói a vilão, quem diria, com sua reputação sendo desconstruída, de forma progressiva. Com essa, ele não contava. Nem nos piores pesadelos do procurador federal Deltan Dallagnol, o imediato da tal “República de Curitiba”. Nem nos planos “infalíveis” desse grupo de procuradores, policiais e juízes federais, isso estava previsto. A certeza de entrar para história, como paradigmas de uma falsa moralidade, se desfez. Aliás, sempre se soube que o judiciário era o mais corrupto dos poderes, em todas as esferas. Grande parte da população se acostumou com fatos e constatações, por exemplo, como a venda de sentenças. Em grande medida, a suposta respeitabilidade dos homens de toga foi apenas, uma toga, uma capa, e nada mais. Com honrosas exceções. Mas a Lava Jato conseguiu ir além, e superar até mesmo a cultura e história de corrupção na justiça brasileira, algo que a narrativa oficial tenta reverter, desesperadamente, sem, contudo, qualquer possibilidade de êxito. Não adianta a Rede Globo fingir que nada está acontecendo. A informação está chegando à população, e, por incrível que pareça, a internet, tão útil enquanto ferramenta de manipulação midiática – a quem hoje detém o poder –, tem sido fundamental nesse processo. Para sempre, a casa caiu, para essa turma.
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