Hospital confirma 2ª morte por suspeita envenenamento no PI
Outros dois familiares seguem internados em estado gravíssimo

Um novo óbito foi registrado em Parnaíba após uma família consumir peixe doado. Igno Davi, de 1 ano, não resistiu e faleceu na tarde desta quinta-feira (2), elevando para dois o número de mortos em decorrência do episódio.
O caso ocorreu após a família ingerir peixe e arroz doados na noite de terça-feira (31). Além de Igno Davi, Manoel Leandro da Silva, de 17 anos, também não resistiu e morreu na quarta-feira (1º).
Investigação em andamento
A Polícia Civil do Piauí investiga a causa das mortes e aguarda os resultados dos exames toxicológicos para determinar se houve envenenamento. A perícia também analisará os alimentos doados para identificar a presença de substâncias tóxicas.
Relação com caso anterior
Igno Davi é irmão de Ulisses Gabriel e João Miguel, que morreram em agosto de 2024 após comerem cajus envenenados. A mãe das crianças está entre os internados em estado grave. A polícia ainda investiga se há relação entre os dois casos.
Vítimas
Ao todo, nove pessoas da mesma família foram socorridas. Além dos dois óbitos, duas pessoas já receberam alta médica e cinco continuam internadas, sendo duas em estado grave.
Família enfrenta nova tragédia por intoxicação alimentar; dois mortos e sete hospitalizados
Uma nova tragédia atingiu uma família no conjunto habitacional Dom Rufino II, em Parnaíba, litoral do Piauí, nesta quarta-feira (1º). Um jovem de 18 anos e uma criança, cuja idade não foi revelada, morreram após apresentarem sintomas graves de intoxicação alimentar. As vítimas, identificadas como irmão e tio de duas crianças que morreram envenenadas em agosto de 2024, faziam parte de um grupo de 10 pessoas que moravam na mesma residência e consumiram peixes do tipo manjuba doados por um homem ainda não identificado.
Segundo a Polícia Militar, a família recebeu os peixes na noite de terça-feira (31) e, após consumirem o alimento na tarde do dia seguinte, começaram a apresentar sintomas como vômitos, mal-estar e salivação excessiva. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas as duas vítimas faleceram antes de chegar ao Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA). Outras sete pessoas, incluindo Francisca Alves, mãe das crianças mortas no ano passado, foram internadas, e o estado de saúde delas segue em avaliação.
A tragédia reacendeu memórias de um caso anterior envolvendo a mesma família, quando, em agosto de 2024, Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, morreram após ingerirem cajus envenenados. Na época, a perícia encontrou veneno conhecido como “chumbinho” nos corpos das crianças, e uma vizinha foi indiciada por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
De acordo com o delegado Renato Pinheiro, que lidera as investigações, ainda não é possível descartar uma conexão entre os dois episódios. "Estamos apurando se há alguma correlação entre as duas tragédias. Também analisamos a possibilidade de um fenômeno ambiental, que tem causado a morte de peixes na região, estar relacionado ao caso, embora, a princípio, isso não esteja confirmado", explicou o delegado.
Além dos peixes, uma coloração anormal foi observada no arroz consumido pela família, e amostras foram recolhidas para análise. O Instituto Médico Legal (IML) também realizou a perícia nos peixes e removeu os corpos das vítimas.
Uma testemunha relatou que a manjuba foi entregue como parte de uma cesta básica por um homem que estava em um carro modelo Palio, de cor prata. A polícia está analisando imagens de câmeras de segurança para identificar o doador.
O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde confirmou que, entre os internados, estão duas mulheres e uma criança, transferidas para a ala pediátrica do Hospital Nossa Senhora de Fátima.
A tragédia aprofunda o luto de uma família já marcada por perdas violentas e lança novos desafios para as autoridades, que buscam respostas sobre o que provocou mais essa onda de intoxicações fatais
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