Golpe de Estado e Ditadura, matam. As falas de Fávio Dino e Carmém Lúcia
Eles se manifestaram hoje no julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

O julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por tentativa de golpe de Estado, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) teve um voto histórico da ministra Cármen Lúcia nesta quarta-feira (26) além de brilhante exposição do ministro Flávio Dino. Ambos relebraram o que sigficas para uma sociedade um golpe de3 Estado e consequente ditadura.
Em uma fala contundente, ela alertou sobre os perigos da ruptura institucional e fez um firme pronunciamento em defesa da democracia. “Ditadura mata. Ditadura vive da morte — não apenas da sociedade, da democracia —, mas de seres humanos de carne e osso”, afirmou.
A Corte já formou maioria para receber a denúncia. Ao analisar os ataques de 8 de janeiro de 2023, Cármen Lúcia disse que não se tratou de um ato isolado, mas do resultado de uma engrenagem golpista construída ao longo do tempo. “O que é preciso é desenrolar do dia 8 pra trás, para chegarmos a esta máquina que tentou desmontar a democracia. Porque isso é fato”, declarou.
A ministra também revelou um episódio ocorrido nos bastidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao fim das eleições de 2022. Por perceber um risco que muitos ainda não compreendiam completamente, ela pediu a antecipação da diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “A diplomação foi antecipada para o dia 12 de dezembro. Porque o risco existia, e a responsabilidade exigia ação”.
Já o ministro Flávio Dino lembrou que em 01 de abril de 1964, dia do golpe que despos João Goulart, presidente constitucional do Brasil, também não morreu ninguém. "Mas centenas e milhares morreram depois", completou Dino.
Ele ilustrou sua fala citando o filme Ainda Estou Aqui. Ele lembrou que a obra mostra o carater permanente e hediondo do desaparecimento de pessoas que derivam de um golpe de Estado.
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