Feminicídios sobem 42% no Piauí
O feminicídio é caracterizado pelo assassinato de uma mulher em razão de seu gênero

Dados divulgados pelo Relatório Anual da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Piauí revelam um cenário alarmante: o estado registrou 40 casos de feminicídio em 2024, um aumento de 42,9% em comparação ao ano anterior.
O feminicídio, crime de ódio motivado pelo gênero feminino, continua sendo uma grave realidade no estado, apesar dos avanços na legislação e nas políticas públicas de combate à violência contra a mulher. A Lei Maria da Penha, considerada um marco na proteção das mulheres, estabelece mecanismos de proteção e punição para os agressores. Em outubro de 2024, a lei foi ainda mais endurecida, com penas mais severas para os condenados por feminicídio.
Apesar dos esforços para coibir a violência de gênero, as mulheres piauienses continuam sendo vítimas de crimes bárbaros. A violência doméstica, muitas vezes, é a raiz do feminicídio, e a falta de denúncia por parte das vítimas é um dos principais desafios enfrentados pelas autoridades.
As redes de acolhimento para mulheres em situação de violência têm se esforçado para oferecer atendimento psicológico e social, mas é preciso intensificar as ações de prevenção e conscientização sobre a importância de denunciar qualquer tipo de agressão.
O desafio de denunciar
Um dos principais desafios para combater o feminicídio é fazer com que mais mulheres denunciem seus agressores. Muitas vezes, por medo, vergonha ou dependência financeira, as vítimas preferem silenciar. É fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para romper o ciclo da violência e garantir que as mulheres tenham acesso à justiça e à proteção.
O que fazer?
- Denuncie: Se você conhece alguma mulher que está sofrendo violência, denuncie. Existem diversos canais de atendimento disponíveis, como a Central de Atendimento à Mulher (180) e as delegacias especializadas.
- Procure ajuda: Se você está sofrendo violência, não se cale. Procure ajuda de familiares, amigos, profissionais de saúde ou de organizações que trabalham com o tema.
- Participe de campanhas: Apoie as campanhas de conscientização sobre a violência contra a mulher e ajude a disseminar informações sobre os direitos das mulheres.
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