Brasileira morre misteriosamente na Bélgica e marido é suspeito
Logo após a morte, o marido tentou realizar a cremação do corpo imediatamente

A morte de Natália Martineli Suzuki, uma brasileira de 31 anos, encontrada em sua casa na Bélgica com um lençol no pescoço, continua sem explicação clara e tem gerado grande mistério para sua família. O corpo foi encontrado em outubro passado, e a investigação tem avançado lentamente desde então, com diversas lacunas e peças-chave ainda não sendo descobertas.
Natália, especialista em Tecnologia da Informação, havia recentemente sido promovida a um cargo de chefia em uma empresa e estava visivelmente empolgada com a conquista, compartilhando seu entusiasmo com amigos e familiares. Porém, poucas horas depois dessa demonstração de felicidade, ela foi encontrada morta pelo marido, um francês descrito como abusivo por pessoas próximas.
Os exames não indicaram a presença de drogas, álcool ou medicamentos, o que descartaria a possibilidade de suicídio. A principal linha de investigação sugere que a promoção de Natália pode ter causado tensões no relacionamento, já que ela teria que deixar Messancy e se mudar para Bruxelas, o que poderia ter gerado conflitos com o companheiro.
Após a morte de Natália, o marido tentou acelerar a cremação do corpo e pediu dinheiro aos pais dela, mas a família recusou. Além disso, ele questionou sobre a existência de um seguro de vida de aproximadamente 50 mil euros (cerca de R$ 300 mil).
Outros elementos do caso também levantaram suspeitas. Foi descoberto que Natália fazia sessões de terapia apenas em horários em que o marido estava presente e podia ouvir, o que sugere um controle excessivo da parte dele. No velório, o comportamento do marido foi descrito como estranho, com ele demonstrando frieza e até rindo durante o discurso de despedida.
Outro ponto crucial é que o corpo de Natália nunca passou por uma autópsia adequada. Duas certidões de óbito foram emitidas: uma com a causa da morte como "não informada" e a outra como "morte natural". O marido alegou à família que ela teria cometido suicídio, mas o lençol encontrado no pescoço dela nunca foi apreendido e permanece em posse dele. Além disso, ele afirmou que eventuais machucados nos joelhos de Natália seriam fruto de "desastrabilidade" e tropeços em móveis.
A investigação também não incluiu a perícia no celular ou no notebook de Natália, nem verificou câmeras de segurança que poderiam confirmar se ela estava sozinha no momento da morte. Natália havia trabalhado de casa no dia em que foi encontrada morta e havia mantido contato com amigos e familiares poucas horas antes de sua morte.
O caso segue sendo um grande mistério, com a família de Natália buscando respostas para entender o que realmente aconteceu.
Deixe sua opinião: